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segunda-feira, 16 de julho de 2012

"Sem lé com cré"


Por Ricardo Noblat
Salvo a encantadora namorada do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso desde 29 de fevereiro último sob a acusação de ter montado uma quadrilha para explorar jogos ilegais, ninguém merecedor dos holofotes da mídia parece ter dito coisa com coisa na semana passada. Absurdo o descompasso entre o discurso e a realidade, entre o anunciado e a coerência.
Aos 30 anos de idade, Andressa Mendonça é mãe dos dois filhos do empreiteiro Wilder Pedro de Morais, que assumiu no Senado a vaga de Demóstenes Torres. Faz 10 meses que trocou Wilder por Cachoeira.
A prisão do namorado não acrescentou uma única ruga ao rosto de Andressa. Nem a levou a reduzir o número de escovas. Andressa é assídua freqüentadora da penitenciária da Papuda, em Brasília, onde Cachoeira está isolado.
Usa o resto do seu tempo para cuidar dos filhos em Goiânia e de sua loja de roupas íntimas, com direito a uma "sala de fetiche".
Provocada por jornalistas, antecipou o que imagina fazer no dia que Cachoeira for solto: "Vou começar a defender a legalização dos jogos." Falou sério!
Nada mais de acordo com o que conferiu projeção ao namorado. De resto, um desassombrado tributo ao arriscado e incompreendido ramo de atividade que garante o pleno conforto do casal.
Ingenuidade e transparência costumam ser boas companheiras. A verdade sai ganhando com a parceria delas. Quanto à esperteza e malícia, vez por outra assinam desastres inesquecíveis ou trapalhadas pitorescas.
Da ingênua Andressa à esperta em treinamento Dilma Rousseff.
O que foi mesmo que elegeu a senhora para suceder Lula?
Sua simpatia? Não, não foi. A paciência que somente os sábios e os mais velhos transpiram no trato com os afoitos e apressadinhos? Não foi.
Sua destreza no manejo das palavras? Também não. Algo de mágico chamado carisma? Menos ironia, Noblat! A mulher é presidente! Sua cancha em disputar eleições? Jamais disputara uma antes.
Lula escolheu Dilma para manter aquecida a cadeira que foi dele durante oito anos. Mas o que a elegeu foi a satisfação da maioria dos brasileiros com os resultados da economia.
Mais dinheiro no bolso e mais crédito na praça desidratam escândalos, desmoralizam a moral e fazem tábula rasa da ética. É assim, infelizmente.
E como é que essa senhora, que por tantos anos celebrou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o indicador do conjunto de riquezas do país; como é que ela, ao ver o PIB ladeira a baixo, comete o atrevimento de dizer que o PIB não tem lá essa importância toda, importante é como cuidamos das nossas crianças e adolescentes?
Quer dizer: Pibão vale. Merece ser reverenciado. E por causa dele cabe acicatar os desafetos políticos. Pibinho não vale. Entra em cena o vinde a mim as criancinhas! Para quê? Para serem mais bem alimentadas com menos recursos?
Aproxime-se para lá, dona Dilma! Respeito à inteligência alheia é bom e ainda tem quem goste.
De Dilma, a esperta meio sem jeito, à senadora Kátia Abreu, ex-DEM do Tocantins, uma das estrelas do recém criado PSD e autora da ameaça recente de abrir uma dissidência no partido que não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, segundo seu fundador Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo: dissidência para quê, cara senadora?
Kátia apoiava a decisão do PSD mineiro de reforçar a candidatura à reeleição do prefeito Márcio Lacerda(PSB), de Belo Horizonte, o queridinho do senador Aécio Neves (PSDB).
Aí Kassab, para agradar Dilma, atropelou o PSD mineiro e mandou que apoiasse a candidatura a prefeito de Patrus Ananias, do PT. Kátia não se conforma.
Dezoito quilômetros, percorridos em quinze minutos de carro, separam a mineira Paraisópolis, cidade de 20 mil habitantes, da paulista São Bento do Sapucaí, com cerca de 12 mil habitantes.
No mais rico Estado do país, o DNA do PSD é tucano. No segundo mais rico começa a se tingir de vermelho. A ideia da dissidência não junta lé com cré.
O vice-presidente da República, Michel Temer, abriu as portas do PMDB para Kátia. Que vê com simpatia a chance de se mudar para lá.
Caso se mude, terá deixado o PSD porque em Minas ele aderiu ao PT. Para cair no colo do PMDB, que simula governar o país aliado ao PT. Pensando bem, não faz sentido. Mas pensando melhor, até que faz.
Fez sentido Demóstenes Torres culpar a imprensa pela cassação do seu mandato - e logo ela que o apontava como o príncipe da decência. Afinal, a quem Demóstenes poderia culpar?
Não faz sentido a CPI do Cachoeira reconhecer desde já o seu fracasso. Deixou a Delta em paz? E daí? Em compensação pôs para circular um campeão de audiência.
Nada a ver com conversas gravadas de Cachoeira com sua gang.
É um vídeo extraído do acervo da CPI que mostra uma atraente assessora do senador Ciro Nogueira (PP-PI), semi-coberta de tatuagens, entregue aos cuidados amorosos de um assessor do senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
O vídeo está custando uma nota no mercado paralelo.
Fonte: "Blog do Noblat"



Um comentário:

Mariana disse...

E como é que o povo vai entender(eu, li o artigo duas vezes) tanta safadeza e passar o país a limpo, não votando em canalha algum? Tá difícil.