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No Domingo de Páscoa

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terça-feira, 17 de julho de 2012

Colbert: "Neste momento cabe a minha contribuição na eleição de José Ronaldo e Luciano"




Na condição de suplente na Câmara Federal, Colbert Martins Filho (Foto: ACM), presidente na Bahia da Fundação Ulysses Guimarães, é um dos principais artífices nas negociações políticas que pôs fim à longa divergência ideológica entre o PMDB e o Democratas. Unidos num projeto político que apoia o ex-prefeito José Ronaldo como candidato a prefeito de uma das maiores cidades do Norte e Nordeste, o PMDB indicou o nome do ex-deputado estadual Luciano Ribeiro, selando, assim, a aliança. Nesta entrevista, Colbert discorre sobre os motivos que os peemedebistas por ele liderados optaram em abrir mão de uma candidatura própria para apoiar o candidato democrata em Feira de Santana, dos projetos que considera importantes para o desenvolvimento de Feira de Santana e da criação da Região Metropolitana.

ASCOM "O Trabalho Vai Voltar" - A união política costurada entre o Democratas e o PMDB passa pela absorção de alguns programas de governo assinalados pelo senhor, a exemplo da criação do pólo de logística voltados para o transporte de cargas das empresas instaladas no Centro Industrial do Subaé? Colbert Martins - Sim.  Este projeto é importante para Feira de Santana pelas suas próprias características, além do entroncamento rodoviário com transportes de cargas predominante no país. Também, precisamos adaptar o aeroporto, distante apenas 15 quilômetros da rede ferroviária federal, para um modal específico. Bons projetos cabem sempre dentro de bons governos.
A - O peso inerente da condição de cidade-metrópole e a posição economicamente estratégica não seriam razões suficientes para a construção de um novo Anel de Contorno em Feira? Há algum avanço desta discussão em nível federal? 
CM - Não, mas é preciso prioridade. Neste momento, cabe aos representantes da cidade apresentar emendas ao orçamento de 2013, que começa a ser feito agora no mês de agosto, para que possamos ter, inicialmente, a duplicação do anel de contorno, hoje uma via urbana. Precisamos, também, de um novo anel rodoviário com uma saída da BR-324 para a BR-116 Norte. Aliás, os 17 quilômetros entre Feira de Santana até o entroncamento de Tanquinho pela BR-116 precisam ser duplicados, imediatamente. Ninguém consegue transitar pela grande quantidade de fluxo de transportes de cargas que demandam ao Norte e ao Nordeste do País. É fundamental, a partir da duplicação da BR 116 Sul, uma nova saída tanto para o Norte quanto para o Sul da cidade.
A - O que esta união de forças, construída sob a noção de potencializar politicamente a região, pretende fazer para tornar viável o conceito de Região Metropolitana?
CM - Na realidade, o governo criou uma Região Metropolitana (RM) sem o órgão mais importante, a agência de desenvolvimento, ou seja, uma captadora de recursos. Se nós tivéssemos esta condição já poderia estar no orçamento de 2013 recursos integrados à RM de Feira. Resolver questões como o tratamento do lixo urbano e a segurança pública pode e deve ser liderado pela nossa cidade com soluções semelhantes para São Gonçalo dos Campos, Antonio Cardoso, Ipecaetá e Conceição de Jacuípe. É fundamental esta integração. Isto é possível sim, e tem recursos federais, diferentemente de um consórcio, aonde os municípios entram com dinheiro e precisam estar com as todas as contas em dia. Ainda, deve-se trabalhar fortemente a questão da construção de casas populares, objetivando atender toda a RM. É importante ressaltar, ainda, que os pequenos municípios sofrem com a dificuldade de planejamento e não possuem técnicos na área. A Região Metropolitana possibilitaria um planejamento integrado aos municípios.
A - As gestões de José Ronaldo avançaram no tocante a mobilidade urbana. Ao discursar durante a Convenção, o senhor citou exemplos de municípios que já dotaram sistemas modais de transporte, seja através de metrôs subterrâneos quanto os de superfície, ônibus articulado etc. Como captar recursos para tais investimentos?
CM - Tem recursos sim. A Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), há dois meses, em Fortaleza, inaugurou 24 quilômetros de linha do metrô de superfície, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). São fabricados no Ceará, em Barbalha, que fica a 15 quilômetros de Juazeiro do Norte, que também já tem o VLT. Feira de Santana, pelo seu crescimento, já pode modificar a sua característica de transporte urbano com a adoção de VLT, através de financiamento do governo ou, ainda, por Parcerias Público-Privadas (PPPs). Existem muitas empresas interessadas em bancar a implantação do novo modal.
A - Também, nos últimos vinte anos, nenhum governo investiu em infraestrutura urbana como as duas gestões de Ronaldo, tomando por base não apenas os viadutos que ajudaram a desobstruir o trânsito em várias artérias da cidade, mas na criação de novos bairros que já nasceram com a infraestrutura mínima de esgotamento sanitário, iluminação, postos médicos, ruas e praças pavimentadas.  Em que mais poderemos avançar neste sentido?
CM - O prefeito Colbert Martins da Silva, em 1992, apresentou propostas para a construção de três viadutos. O governo de Ronaldo avançou em algo necessário e que terá de ser continuamente ampliado pelo fato de nossa cidade possuir um anel de contorno. Precisamos de passagens de nível/passagens subterrâneas, e com novos elementos, tipo viadutos, além de passarelas para a proteção, principalmente, dos pedestres. A cobertura de esgotamento sanitário precisa de ampliação, pois ainda encontramos boa quantidade do conteúdo de fossas lançados nas ruas. Enquanto deputado federal apresentei para a zona rural um trabalho visando a melhoria sanitária em vários distritos. É preciso lembrar que a quantidade de esgotamento sanitário é proporcional à saúde, com um aumento contínuo de demanda. Assim, precisamos acompanhar uma nova discussão que acontece no Congresso Nacional sobre a redução de custos da tarifa de esgoto. Gostaria, também, de chamar a atenção para o acompanhamento contínuo pela prefeitura de  esgoto disponível e esgoto interligado, pois tem lugar na cidade em que as pessoas, por dificuldade, inclusive financeira, não ligam as suas redes de esgoto, ou pagam o esgoto e a água, ou então cortam os dois serviços que são essenciais. Feira precisa de mais de 80 ou 90 por cento de esgotamento sanitário, tanto na zona rural quanto na urbana. Quando uma empresa vai se instalar numa cidade este é um dos pontos fundamentais na discussão, além do trânsito e segurança.
A - O senhor, ao discursar após caminhada pelo bairro Subaé, falou da necessidade de despoluir a bacia do rio que dá nome ao bairro e que deságua no litoral do Recôncavo Baiano. Há algum estudo sobre este projeto e que tipo de impacto ele criaria ao meio ambiente ao longo deste rio?
CM - Um forte impacto, e eu defendo para aquela nascente do Subaé, o único rio que nasce na nossa cidade, além da preservação, da revitalização e da urbanização, a recuperação dele.  O maior poluidor é o nosso centro industrial, que passa exatamente por detrás de uma lagoa ao fundo da Famfs. Foi feito, durante o governo de Antonio Carlos Magalhães, uma estação de tratamento de esgoto exatamente para isso. Por outro lado, acho importante também a recuperação do rio Jacuípe e toda a área que o envolve. Todas as cidades banhadas por ele, que agora se juntam ao Paraguaçu no lago de Pedra do Cavalo, precisam ter outra atenção direta. Ali tem um nível de poluição alto e são captadas águas para outros usos. Ainda, precisamos de uma área de lazer nesta região, além da preservação contínua das lagoas.
A - Por que o senhor e os membros do PMDB, considerados históricos, abriram mão de uma candidatura própria para selar esta aliança história entre forças, antes consideradas antagônicas, para apoiarem o projeto político do Democratas em Feira de Santana?
CM – Em nenhum momento houve dificuldades. Estas questões sempre se deram dentro do campo político, e isso sempre entendemos e separamos. Quanto à minha candidatura, entendi não ser um melhor momento para lançá-la. Depois, avaliamos que poderíamos unir duas grandes forças políticas importantes de Feira de Santana, e neste momento entendemos importante a presença do PMDB nesta chapa com a representação do vice Luciano Ribeiro, participante ativo da vida de Feira (empresário, professor, político com muita experiência) e a participação do PMDB nacional através do trabalho do vice-presidente da República, Michel Temer. Participamos juntos deste trabalho para mostrar, exatamente, que podemos assegurar a Feira de Santana toda a abertura necessária para conquistar bons projetos e impulsionar o desenvolvimento de nossa terra.
A - Houve condicionantes para este conserto político, no sentido da partilha do poder, ou pesaram suprapartidariamente as soluções para as demandas do município de Feira de Santana?
CM - Pesaram as demandas do município. Nós estamos construindo uma aliança e uma aliança se constrói com a participação no governo. O PMDB e o Democratas em Feira participarão igualmente de um governo construído por nós, como simboliza a nossa própria chapa, o prefeito José Ronaldo do Democratas e o nosso vice Luciano Ribeiro. Queremos participar pela nossa capacidade, com todo o apoio político do PMDB e de forma natural do governo.              
A - Dentro de perspectivas futuras, o senhor ainda sairá a candidato a prefeito de Feira de Santana?
CM - Eu vou aguardar as oportunidades. Hoje, entendo que participo de uma aliança da qual vou trabalhar bem para que a luta política se desenvolva dentro de uma característica de paz e de respeito aos eleitores. O futuro nós vamos decidir no momento adequado.  Eu acho que neste momento cabe a minha contribuição na eleição de José Ronaldo e Luciano. 
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Coligação "O Trabalho Vai Voltar")

Um comentário:

Danilo Aguiar disse...

Colbert tem sido um parceiro valioso na campanha de José Ronaldo e todos da equipe que fica nos bastidores da campanha tem o elogiado!