O Ministério Público Federal no
Distrito Federal pediu na quinta-feira abertura de processo para investigar
o presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho e Emprego (MTE) Carlos Lupi, por
improbidade administrativa. Carlos Lupi esteve em Feira de Santana no domingo, 10, participando da convenção que homologou a candidatura do prefeito Tarcízio Pimenta à reeleição.
Também foram ajuizadas ações contra o
ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego Ezequiel Sousa do Nascimento e o
ex-assessor do gabinete de Lupi, Weverton Rocha Marques de Sousa. Outro
requerido pelo MPF é Adair Meira, responsável por ONGs beneficiárias de
convênios com o MTE.
Caso sejam condenados, eles podem
perder os direitos políticos, ficar impedidos de firmar contratos com o poder
público e de receber benefícios e incentivos fiscais, além de pagar multa.
A ação contra Lupi foi originada por
representação feita pelo deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) e pelo
senador Álvaro Dias (PSDB-PR), baseada em reportagem de novembro de 2011, que
informava que o ex-ministro teria usado avião pago por Meira em viagem oficial
ao Maranhão, em dezembro de 2009.
A apuração do MPF-DF comprovou que o
aluguel da aeronave custou R$ 30 mil, pagos pela entidade sem fins lucrativos
Centro de Estudos e Promoção Social (Cepros), com cheques assinados pelo
próprio Adair Meira. Essa entidade possui o mesmo cadastro de outra ONG
administrada por Meira, que firmou convênio com o MTE. Questionado pelo
Ministério Público, o partido de Lupi, o PDT, declarou não ter custeado as
despesas do aluguel do avião.
Segundo o MPF-DF, foi comprovada
também existência de interesse por parte de Adair Meira em ações ou omissões do
MTE. Ele possui 11 entidades vinculadas a seu CPF e, dessas, duas mantêm ao
menos nove convênios com o Ministério do Trabalho. Na ação, o Ministério
Público ressalta, ainda, que a maioria dessas parcerias foi firmada após essa
viagem.
Fonte: Jornal "O Globo"
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