Mais uma vez, um
evento das Forças Armadas com a presença da presidente Dilma Rousseff
transformou-se em palco de cobranças por melhores condições de trabalho. Na
segunda-feira, 11, na comemoração do 147º aniversário da Batalha Naval do
Riachuelo, em que autoridades e membros das Forças Armadas foram condecorados,
a Marinha reafirmou seus pleitos de melhoria nos salários e reequipamento das
tropas.
Em discurso, o
comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, cobrou a
concretização das promessas do governo. "Cabe-me destacar a preocupação
permanente com o preparo profissional, o bem- estar social e a valorização das
carreiras dos homens e mulheres que integram a instituição", disse o almirante
em seu discurso, "em sintonia com o crescimento da nação, hoje uma das maiores
economias do mundo, e de acordo com as orientações emanadas da Estratégia
Nacional de Defesa, permanecemos empenhados em poder contar com uma força à
altura da nossa relevância no cenário internacional."
Dilma não
discursou. Em mensagem lida por um locutor, destacou a necessidade de ampliação
da "capacidade dissuasória" do país, e falou novamente em compromisso com o
reaparelhamento das Forças Armadas, mas passou longe da questão salarial:
"Sabemos que nosso papel na preservação da paz depende da capacidade dissuasória
do Brasil (…) Diante dessa realidade, os esforços de reaparelhamento da Marinha
são uma exigência estratégica".
As negociações
para reajuste salarial da caserna estão sendo conduzidas pelos ministérios do
Planejamento e da Defesa, mas ainda estão em estudo técnico.
Fonte: "O Globo"
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