Colegas,
Tenho recebido algumas ligações de colegas e gostaria de fazer com vocês algumas reflexões:
Quanto ao resultado do STJ:
1. O governo conseguiu derrubar a liminar que mandava devolver imediatamente os salários de abril e maio (alguns colegas acham que perdemos o direito ao salário). Isso não é verdade. Apenas o governo conseguiu não ter que devolver imediatamente;
2. Lembro a todos que este fato não altera a greve. O que nos levou a greve foi o descumprimento do acordo. O corte dos salários de abril e maio foi consequência da greve;
3. A liminar é uma antecipação de tutela. O mérito ainda está para ser julgado pelo tribunal. Estamos no aguardo.
Quanto à greve:
O governo está através das Direcs fazendo reunião com os diretores para chamar os professores do 3º ano de volta e fazendo ameaça de demissão aos PST, Reda e estágio probatório e prometendo pagar salário.
1. Essa é uma estratégia antiga para dividir a categoria. Por que os professores que voltaram as escolas ainda não receberam salário?
2. Lembrem-se: o que nos fez fortes até agora foi a união da categoria. Não podemos deixar que o governo nos amedronte com ameaças.
3. O professor do 3º ano é também professor das outras séries. Como voltar só para o 3º ano?
Quanto à ameaça de demissão:
Como não há regulamentação de greve no serviço público, o STF desde 2007 definiu que as greves no serviço público, no Brasil, estariam sujeitas às mesmas regras do regime geral (CLT). Esta lei é bem clara: não pode haver demissão por conta da greve. Não se pode demitir no serviço público sem que haja o processo administrativo com direito a ampla defesa etc....)
O que nos trouxe até aqui foi a certeza que temos de que nossa luta é justa. Esta mesma certeza é o que deve nos levar até o final da nossa luta conjunta. Não podemos permitir que ameaças feitas pela Direc sejam maiores do que nossa luta por dignidade. Sem salário já estamos. O que nos fortalece é permanecermos unidos. O governo torce por nossa desunião. O medo faz parte da nossa vida. Todos temos algum tipo de medo. Precisamos apenas não deixar que o medo nos escravize. Se recuarmos agora sem uma negociação, estaremos colocando em jogo os próximos anos. E de quem será a culpa? Do Sindicato ou da categoria?
Estamos no aguardo de que uma reunião com o governo aconteça até amanhã. Sejamos fortes e otimistas que a vitória está perto.
Em Canavieiras, hoje, depois da reunião convocada pelos diretores, os professores decidiram reforçar a greve e fazer uma manifestação de rua para dizer ao governo que não aceitam serem ameaçados (vibrei de felicidade com a decisão madura da categoria)
Lembrem:se: a diretora da Direc recebeu 22,22% (ela é professora do município) em Ilhéus , inclusive com retroativo a janeiro. Não foi justa a nossa luta (o sindicato é o mesmo) que garantiu que ela recebesse? Por que na rede estadual tem que ser diferente? A lei não é a mesma?
Enilda Mendonça
Professora da rede estadual EM GREVE
Tenho recebido algumas ligações de colegas e gostaria de fazer com vocês algumas reflexões:
Quanto ao resultado do STJ:
1. O governo conseguiu derrubar a liminar que mandava devolver imediatamente os salários de abril e maio (alguns colegas acham que perdemos o direito ao salário). Isso não é verdade. Apenas o governo conseguiu não ter que devolver imediatamente;
2. Lembro a todos que este fato não altera a greve. O que nos levou a greve foi o descumprimento do acordo. O corte dos salários de abril e maio foi consequência da greve;
3. A liminar é uma antecipação de tutela. O mérito ainda está para ser julgado pelo tribunal. Estamos no aguardo.
Quanto à greve:
O governo está através das Direcs fazendo reunião com os diretores para chamar os professores do 3º ano de volta e fazendo ameaça de demissão aos PST, Reda e estágio probatório e prometendo pagar salário.
1. Essa é uma estratégia antiga para dividir a categoria. Por que os professores que voltaram as escolas ainda não receberam salário?
2. Lembrem-se: o que nos fez fortes até agora foi a união da categoria. Não podemos deixar que o governo nos amedronte com ameaças.
3. O professor do 3º ano é também professor das outras séries. Como voltar só para o 3º ano?
Quanto à ameaça de demissão:
Como não há regulamentação de greve no serviço público, o STF desde 2007 definiu que as greves no serviço público, no Brasil, estariam sujeitas às mesmas regras do regime geral (CLT). Esta lei é bem clara: não pode haver demissão por conta da greve. Não se pode demitir no serviço público sem que haja o processo administrativo com direito a ampla defesa etc....)
O que nos trouxe até aqui foi a certeza que temos de que nossa luta é justa. Esta mesma certeza é o que deve nos levar até o final da nossa luta conjunta. Não podemos permitir que ameaças feitas pela Direc sejam maiores do que nossa luta por dignidade. Sem salário já estamos. O que nos fortalece é permanecermos unidos. O governo torce por nossa desunião. O medo faz parte da nossa vida. Todos temos algum tipo de medo. Precisamos apenas não deixar que o medo nos escravize. Se recuarmos agora sem uma negociação, estaremos colocando em jogo os próximos anos. E de quem será a culpa? Do Sindicato ou da categoria?
Estamos no aguardo de que uma reunião com o governo aconteça até amanhã. Sejamos fortes e otimistas que a vitória está perto.
Em Canavieiras, hoje, depois da reunião convocada pelos diretores, os professores decidiram reforçar a greve e fazer uma manifestação de rua para dizer ao governo que não aceitam serem ameaçados (vibrei de felicidade com a decisão madura da categoria)
Lembrem:se: a diretora da Direc recebeu 22,22% (ela é professora do município) em Ilhéus , inclusive com retroativo a janeiro. Não foi justa a nossa luta (o sindicato é o mesmo) que garantiu que ela recebesse? Por que na rede estadual tem que ser diferente? A lei não é a mesma?
Enilda Mendonça
Professora da rede estadual EM GREVE
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