O alto custo dos insumos e a escassez de mão de obra
são
apontados como fatores para que a construção no sudeste do Brasil
seja a mais
cara para construtoras e o consumidor final
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o custo do metro
quadrado na região sudeste em abril chegou a R$ 863,23, incluindo materiais e
mão-de-obra, enquanto que o custo médio nacional atingiu R$ 824,81. Além de
revelar que o sudeste se confirma como a região mais cara para construir no
Brasil, a pesquisa mostra ainda que houve um aumento do custo de 0,92% de março
para abril.
Essa realidade, é claro, impacta no
bolso de todos aqueles que desejam construir, sendo as incorporadoras o setor
do mercado mais atingido. “Esse alto custo é sentido de imediato, pois afeta
diretamente o custo de nossas obras”, analisa Peterson Querino, diretor da Construtora CasaMais, lembrando que a conseqüência disso é o encarecimento do valor
final do imóvel.
Para o diretor, os motivos que
acarretam essa alta do preço no sudeste, em relação ao restante do país, são
diversos. "Um dos principais fatores de peso em nosso custo é a falta mão de
obra. O sudeste é a região que mais sente os efeitos dessa escassez e o
consequente do aumento da folha de pagamento. Além da mão de obra, os custos de
materiais também estão tendo cada vez mais impacto neste aumento de custo". O
aumento do custo dos insumos de produção, aliás, é apontado por ambos como o
fator responsável pela variação de 0.92% entre dos meses de março e abril.
Com relação a uma possível solução
para amenizar esse impacto nas construtoras, Peterson Querino é enfático. "A
desoneração da folha de pagamentos é uma medida que pode contribuir de forma
efetiva na redução dos custos de construção, uma redução de custo que seria
sentida pelo consumidor, que poderia ter acesso a imóveis mais baratos",
finaliza.
(Com informações de Ana Paula Horta
e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)
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