"A sobrevivência
do partido é termos cara e voz",
disse o ex-ministro a líderes do partido
O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim
fez na quinta-feira, 17, sua primeira aparição pública desde que deixou o cargo e
cobrou do PMDB posição política sobre questões importantes que estão em debate.
Durante um evento do partido, em Brasília, ele constrangeu os companheiros ao
fazer um duro discurso, cobrando dos dirigentes da legenda uma postura mais
incisiva.
Dirigindo-se aos líderes presentes,
como o senador Renan Calheiros (AL), o deputado Henrique Eduardo Alves (RN) e
até o vice-presidente Michel Temer, Jobim disse que o PMDB é um partido sem
posição.
- Será que o partido tem que
homologar decisões da qual não participou? Por que não temos opinião, Michel,
nos tornamos homologadores de decisões das quais não participamos para depois,
nos ser cobrada lealdade. A sobrevivência do PMDB está dependendo de termos
cara e voz. É o momento de termos cara e voz. Quem não tem, curva-se, e quem se
curva leva um pontapé - encerrou seu discurso, depois de também cobrar dos
líderes posições sobre temas do Pacto Federativo:
- Qual a posição do partido sobre o
Pacto Federativo, hein, Renan? Hein, Henrique? Temos discussão interna sobre
isso? Não. O que pensamos sobre o Fundo de Participação dos Estados? Temos que
ter respostas para a sociedade - disse, provocando. - Eu sou um pequeno quadro
do partido, os senhores que lideram é que precisam tomar posições. Ter posição
é assumir riscos. E desde 1989 não corremos riscos. Nos tornamos homologadores
- afirmou Jobim.
Fonte: "O Globo"
Um comentário:
Jobim até parece inocente...êsse aí não é o PMDB de 20 anos atrás!
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