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terça-feira, 22 de maio de 2012

Cesar Romero sobre o Museu Regional de Arte

Por Cesar Romero
O Museu Regional de Arte de Feira de Santana, cidade a 108kms de Salvador, incorporado à Universidade Estadual (UEFS), este ano completa 45 anos de sua fundação. Motivo para festejar. Um Museu de relevância no país, basta citar a Coleção Inglesa composta de 30 obras de arte de 27 artistas ingleses do Pós–Guerra, concentrando o que se produziu no modernismo inglês nas décadas de 1950 e 1960. É o maior e mais importante acervo inglês da America Latina. Bastava este item para transformar o espaço em lugar obrigatório de visitação no Brasil.
O Museu Regional de Arte foi inaugurado em 26 de março de 1967, fruto do interesse de um grupo de intelectuais, artistas, religiosos e empresários da cidade, entre tantos merece registro os nomes de Joselito Amorim, Dival Pitombo, Eurico Boaventura, Áureo Filho, João da Costa Falcão. Coube a Assis Chateaubriand a doação do valioso acervo. A partir de 1995, já incorporado à Universidade Estadual de Feira de Santana, com a criação do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), passou a ocupar o espaço da antiga Escola Normal Rural de Feira de Santana. Um prédio histórico, no centro da cidade. As obras de arte foram recentemente restauradas, com rígidos critérios museológicos.
Didaticamente o Museu Regional de Arte de Feira de Santana apresenta núcleos: Coleção de Arte Feirense com nomes como Raimundo Oliveira, Juraci Dórea, Herivelto Figueredo, Antonio Brasileiro, Carlo Barbosa, Graça Ramos, Gil Mário entre outros. Coleção de Arte Baiana traz obras de Carybé, Emanuel Araujo, Carlos Bastos, Floriano Teixeira, Genaro de Carvalho, Hansem Bahia, Jenner Augusto, José de Dome, Luiz Jasmim, Presciliano Silva, Riolan Coutinho, Sante Scaldaferri, Mercedes Kruschewsky, Mario Cravo Neto, para citar alguns. Coleção de Arte Brasileira com nomes luminares como: Aldemir Martins, Frans Krajcberg, Maria Bononi, Orlando Teruz, Quirino da Silva, Rescála, Di Cavalcanti, Sérgio Camargo e Vicente Rego Monteiro. O trabalho de Rego Monteiro de 1929, talvez seja um dos melhores de sua produção. Coleção Nipo-brasileira nos traz Manabu Mabe, Kazuo Wakabayash, Fukushima e Tomie Ohtake. Finalmente a extraordinária Coleção Inglesa, com artistas pertencentes à Escola de Londres, ainda emergentes quando adquiridos como: David Oxtoby, Bryan Organ, Frank Auerbach, Howard Hodykin, Alan Davie, Grahan Sutherland e John Piper. Uma das peças mais valiosas é de Frank Auerbach que estudou no Royal Colege of Arts e em 1986, representou a Inglaterra na Bienal de Veneza. John Piper está presente nos mais importantes museus do mundo, é uma referência. Foi o artista britânico oficial da segunda Guerra Mundial, documentando áreas bombardeadas de Bath e Coventry. Grahar Sutherland é considerado um dos maiores artistas ingleses do século XX. Trabalhou em dois Bestiários, um em 1968, litografia em 26 cores, tendo como assunto Cristo Redentor, inspirado pela arte bizantina, o segundo Bestiário baseado nos poemas de Apollinaire. Howord Hodgkin, pintor e gravador, baseava seu trabalho no encontro entre pessoas. Considerado um dos maiores coloristas da arte contemporânea. Foi curador da Tate Gallery e da National Gallery of Arts de Londres. Ganhou o Prêmio Turner em 1985. Brayan Organ, trabalhou com retratos da monarquia, pintou Lady Di em traje esporte, usando jeans, o príncipe Chales em roupas informais, revolucionando a abordagem dos retratos da monarquia. Três pinturas suas sobre membros da família real inglesa estão na prestigiada National Portrait Gallery de Londres. Alan Davie é talvez o artista de maior popularidade da coleção. Seu trabalho está espalhado em coleções particulares e sua obra encontra-se na Tate Gallery e o Victoria and Albert Museum em Londres; Museu de Arte Moderna de Nova Iorque; Carnegie Institut de Pittisburgh na Rússia; Sdedelijk de Amsterdã; Australian National Gallery em Adelaide e Nactional Gallery de New South Wales, em Sydney. Na realidade esta coleção nos revela aspectos da historia da arte inglesa, da historia da arte no mundo. O Museu Regional de Arte é o mais importante marco cultural de Feira de Santana.
Coluna publicada na edição de domingo, 20, do "Correio"


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