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No Domingo de Páscoa

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

“Negar o mensalão é negar a História”

- Com a aproximação do julgamento do chamado mensalão, talvez o maior escândalo político da história brasileira, um enorme desespero tomou parte da ala do Partido dos Trabalhadores envolvida com os crimes prestes a serem julgados pelo Supremo Tribunal Federal.
- E esse desespero se transformou em guerra aberta a toda e qualquer instituição que pode ameaçá-los, como a imprensa ou o Ministério Público.
- Como terá cinco horas para pedir a condenação dos réus do mensalão na sessão do STF, o atual procurador Roberto Gurgel é hoje o homem a ser derrubado por essa verdadeira matilha comandada pelo petismo.
- Alegam, contra o procurador, atrasos deliberados em investigações contra o contraventor Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres.
- Gurgel reagiu. Para ele, só o atacam quem está "morrendo de medo" do julgamento do mensalão.
- Essa tática pode ser uma furada porque a autoridade que mais investigou o mensalão não foi Gurgel, mas o ex-procurador geral da República, Antonio Fernandes de Souza. E Antonio Fernandes é veemente em sua posição: Negar a existência do mensalão é querer negar os fatos, é querer apagar a História, uma afronta à democracia.
- Outros pontos chamam a atenção em uma entrevista que o procurador concedeu à edição da revista Veja esta semana:
- Chamar o mensalão de farsa corresponde a chamar de farsantes o procurador-geral e os ministros do Supremo.

- Existem provas periciais demonstrando que dinheiro público foi usado nas operações ilegais.
- Alguns réus confessaram os crimes.
- Os réus do mensalão praticaram lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, peculato, evasão de divisas, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
- De acordo com o procurador Antônio Fernandes de Souza: "Os ministros vão julgar o processo com base nos autos. E há inúmeras provas de tudo o que foi afirmado na denúncia. Depoimentos, extratos bancários, pessoas que foram retirar dinheiro e deixaram sua assinatura".
- Ao ser perguntado se houve desvio de dinheiro público no mensalão, o procurador foi enfático:"Quem vai fazer esse juízo é o Supremo. Da perspectiva de quem fez a denúncia e acompanhou o processo até 2009, digo que existe prova pericial mostrando que dinheiro público foi utilizado. Repito: há prova pericial disso".
Leia a entrevista na íntegra: http://migre.me/93Ybo
- Para tirar suas dúvidas, veja o relatório de 120 páginas do ministro Joaquim Barbosa, do STF, sobre o mensalão. Ao todo o processo possui 70 mil páginas.
- Aqui: http://migre.me/940t8
- Dentro da imprensa, a revista Veja é o principal objeto de ódio do PT, por ter mantido, por anos, uma linha editorial em desavença com o governo. O petismo agora tem até um aliado de peso nessa empreitada contra a publicação, o ex-presidente Fernando Collor, cujo caminho para o impeachment, em 1992, começou exatamente com uma reportagem da revista.
- A ironia é que sindicalistas ligados ao PT por anos ajudaram a derrubar autoridades por meio de grampos ilegais e documentos sigilosos vazados à imprensa. Uma de suas vítimas foi, exatamente, Fernando Collor. Agora, quando são alvos da mesma prática que promoveram, querem condenar o fato de o contraventor Carlinhos Cachoeira ter sido fonte de jornalistas por anos.
- Em editorial publicado quarta-feira da semana passada, o jornal O Globo mostrou o que há por trás dessa guerra.
Leia: http://migre.me/93XYg
- Como é bem sabido, são os regimes autoritários que controlam a imprensa, seja no nazismo, no fascismo ou mesmo na ditadura de Getúlio Vargas, nos anos 30.
- Uma questão histórica interessante é o caso do imperador da França, Napoleão Bonaparte. De acordo com a mais recente de suas biografias, de Steven England, no momento em que seu poder era ameaçado pelas tropas russas, Napoleão se desesperou por não ter fontes confiáveis de informação.
- Toda imprensa controlada por Napoleão insistia em bajulá-lo e exaltá-lo, quando o que o interessava eram os fatos. Ele não os tinha sob controle. O imperador chegou a lamentar não poder ler mais páginas de uma imprensa não-governista, para monitorá-lo de maneira menos ilusória.
- Como se sabe, após dominar praticamente toda a Europa, Napoleão perdeu a guerra de maneira avassaladora.
Fonte: www.blogdemocrata.org.br



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