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No Domingo de Páscoa

No Domingo de Páscoa

terça-feira, 10 de abril de 2012

Mercado favorável ao consumidor

A estabilização dos preços no setor imobiliário é sinal de que o superaquecimento cessou. Não há, contudo, evidência de que aqui ocorra a bolha imobiliária. As leis que regulam o mercado brasileiro asseguram a inexistência do fenômeno que afligiu a economia norte-americana
Depois do boom imobiliário vivido pelo Brasil nos últimos anos, puxado principalmente pelo aumento do poder de compra da classe C, a tendência, agora, é a estabilização. A demanda por imóveis baixou e com isso, os preços tendem a cair – fato que acaba atraindo o consumidor. Por isso, a retração não significa que o mercado não esteja aquecido. Os números do setor continuam favoráveis. O que ocorre é que depois de um superaquecimento, a situação se normalizou e as vendas estão se mantendo estáveis.
"Depois de um período longo de retração do mercado imobiliário, houve um grande crescimento do setor, que provocou a alta do preço dos imóveis. Em 2011 e nesses primeiros meses de 2012, o ritmo das vendas diminuiu. Mas ainda é muito alto se comparado a 2008, por exemplo", explica a diretora Comercial da Construtora Carrara, Luciana de Castro. Segundo ela, a estabilização do mercado imobiliário não significa a existência de bolha imobiliária no Brasil. "O financiamento no país é bastante sólido. Aqui, o refinanciamento é algo mais conservador, não supera 50% do valor total do imóvel já quitado", defende.
De fato, não existe iminência da bolha imobiliária no país. Basta fazer um comparativo das ações praticadas pelo mercado brasileiro e sua economia em relação ao país norte-americano para que não restem mais dúvidas. Lá, as pessoas podiam pedir empréstimos mesmo não tendo quitado o financiamento de uma outra habitação. Para isso, era necessário apenas que a casa, não quitada, fosse hipotecada. O sistema ruiu quando as vendas diminuíram e os juros aumentaram. Os compradores não conseguiram pagar os empréstimos, muito menos as hipotecas, e suas dívidas foram negociadas pelo banco com outras instituições, assim ocorreu o enrolamento das dívidas, que chegaram a valores exorbitantes.
Já no Brasil, o processo para se conseguir um empréstimo com fins de habitação é bastante rigoroso, como detalha Luciana: "A Caixa Econômica pede vários dados que comprovem a possibilidade de pagamento da dívida. Se for verificado que a pessoa não conseguirá quitar o empréstimo, ela só poderá fazer nova avaliação depois de três meses. Quem já conseguiu empréstimo para comprar um imóvel só poderá adquirir um novo se a casa ou apartamento estiver quitado. E apenas 50% do valor deste será considerado como garantia". Além disso, enquanto nos Estados Unidos os empréstimos eram oferecidos sem grandes seguranças de que o pagamento seria efetuado, no Brasil ocorre o inverso. Os imóveis populares possuem subsídios do governo, reduzindo os riscos de inadimplência.
Outro fator que, segundo a diretora da Construtora Carrara, impede a formação da bolha imobiliária no país é a porcentagem do mercado de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). "O crédito imobiliário representa menos de 5% do PIB brasileiro. Nos E.U.A, na época do estouro da bolha, este representava 75% do PIB. Ou seja, se algo desse errado, como deu, comprometeria toda a economia americana", explica. O cenário favorável da economia no Brasil, com o aumento dos salários e consequente maior poder de compra, afasta esse perigo e mantém os índices de inadimplência para empréstimos em um patamar baixíssimo.
Então, não há o que temer. O mercado continua favorável e a estabilização dos valores traz benefícios para quem quer adquirir um imóvel. E sem sustos. "O imóveis agora estão com preços mais baixos, mais justos. E o comprador pode planejar melhor a compra da casa nova sem pressa e sem medo de que o valor desta aumente caso ele demore a efetivar a compra", finaliza Luciana.
(Com informações Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)

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