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No Domingo de Páscoa

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

"Afronta à liberdade de imprensa: Quem será o próximo?"

Por Jorge Magalhães
Acabo de ler no Blog Demais sobre a descriminação covarde sofrida pelo radialista Elias Lúcio ao ser expulso, em companhia da esposa Sheila, de almoço oferecido pelo governo municipal numa churrascaria local para agradecer à imprensa pela cobertura da "última Micareta de Tarcízio Pimenta", conforme atesta a maioria da população de Feira de Santana. 
É bom ressaltar que além de convidado, o reggaeman e locutor da Transamérica Hits compareceu ao almoço indigesto cumprindo pauta do Programa Rádio Repórter, e a sua expulsão - não explicada oficialmente, até o momento, pela Secretaria Municipal de Comunicação - reforça o temperamento discricionário e violento do governo que ajudou a eleger, como contratado da equipe de campanha.
De versatilidade incomum, bem humorado, eloqüente e dono de um repertório de tiradas desconcertantes, Elias Lúcio não foi o primeiro e, como podemos supor pelo andar da carruagem, não será o último profissional de comunicação a ser desrespeitado no exercício sagrado das suas funções pelo prefeito que aí está.
Agregada a adiantada degradação moral da sua administração, Tarcízio deixará o Executivo da segunda mais importante cidade da Bahia com um passivo lastimável junto à imprensa, haja vista as perseguições e agressões de toda a ordem (sejam elas físicas ou morais) que tem perpetrado às escâncaras contra elementos do chamado "Quarto Poder", notadamente aqueles que não se entregaram aos seus encantos e que, por dedução lógica, não aceitam ter as biografias tisnadas por terem cometido a covardia moral de não revelar, com todas as luzes da verdade, a nudez do rei na praça, ou como queiram, as barbaridades de uma administração incontestavelmente sem rumo e sem bússola, nas mãos de um tartufo político.
O radialista da Transamérica Hits não chegou a ser agredido fisicamente pelo prefeito Tarcízio Pimenta ou por nenhum dos fiéis prontuários que costumam acompanhá-lo. Apesar do constrangimento, o casal deu mais sorte que o jornalista Ronaldo Belo e o fotógrafo Sílvio Tito, que abriram processo alegando terem sido agredidos pessoalmente pelo prefeito, em episódio lamentável e que deixou escoriações evidentes no corpo do repórter fotográfico.
Isto não significa dizer que Elias também não saiu com a dignidade humilhada e a sua honra ofendida diante de todos e da companheira. Segundo consta, ele foi tratado com "ato explícito de descriminação racial", mas, certamente, há muito mais motivação da parte do alcaide para descambar neste crime hediondo e inafiançável.
Como ser humano e colega de profissão de Elias Lúcio e dos demais companheiros que se viram ou se vêem de alguma forma constrangidos por este espírito obtuso, deponho a minha mais funda solidariedade.
Como jornalista (mesmo diante das execuções infames que pairam sobre o império do silêncio, gestadas por uma canalha que afronta a Carta Magna do País tentando impor suas próprias leis à base da mais vil truculência, da mais pérfida tirania, da covardia das covardias que são as tocaias que resultam em crimes de mando e de pistolagem) digo-lhes que também temo pela minha saúde, pela minha integridade física, sim!
Mas como tal não posso esquecer de que jornalistas somos movidos a fatos, os quais não podemos espancá-los para o agrado do freguês,pelo simples motivo de que somos, por definição, profissionais remunerados para sermos a caixa de ressonância da sociedade, defendendo os seus interesses e fiscalizando os poderes constituídos.
A agressão contra um jornalista ou contra o jornalismo é, por tanto, a agressão a todo o conjunto da sociedade, que por mais que alguns não queiram já está madura o suficiente para não comungar com os verdugos que se insurgem contra o Estado Democrático de Direito, a Democracia e uma nova era nas relações entre a imprensa e o poder. 
Fonte: "Etc & Tal News"

Um comentário:

Anônimo disse...

ELIAS LÚCIO FOI AGREDIDO. NÃO AGRESSÃO FÍSICA, MAS AGRESSÃO MORAL, QUE DÓI MUITO, QUE FERE MAIS PROFUNDAMENTE.
TATÁ É UM AGRESSOR COVARDE, CHEIO DE COMPLEXOS.
VAI PARA A LATA DO LIXO DA HISTÓRIA.