"As Aventuras de Agamenon, o Repórter" tem humor datado

Pedro Bial e Hubert na Queda do Muro de Berlim em "As Aventuras de Agamenon, o Repórter" (Foto: Divulgação)
O humor de "As Aventuras de Agamenon, o Repórter", em exibição no Orient Cineplace - visto na noite de sábado, 7 -, como em todo o país, é datado com as baixarias do Casseta & Planeta, ou parte dele, com Hubert e Marcelo Madureira. Nem na televisão se sustentou. Uma sucessão de piadas constrangedoras, com algumas se salvando por serem politicamente incorretas (como a citação de "afro-negão"). Um produção que desperdiça tempo. Agamenon Mendes Pedreira (interpretado por Marcelo Adnet e Hubert) é um personagem criado para o jornal "O Globo", com "edições diárias aos domingos". Agamenon Mendes Pedreira é o repórter que, como um Zelig (criação de Woody Allen), está sempre presente em fatos históricos - na Segunda Guerra Mundial e os esforços dos aliados contra Hitler - ele até é amante de Eva Braun, no lançamento da bomba atômica, na criação da Teoria da Relatividade por Albert Eisntein, na psicanálise com Freud, na greve de fome de Gandhi, na chegada do homem à Lua, na queda do Muro de Berlim, no assassinato de John Kennedy, no suicídio de Getúlio Vargas, no conclave de João Paulo II, na morte de Lady Diana. Até no caso do ex-jogador Ronaldo com travestis, sendo essa uma das poucas cutucadas em alguém vivo - outras são com João Gilberto e "O Pato", além de Chico Buarque. Tem espectador que sai antes do final - e perde a audição de "Sorria, Sorria", de Evaldo Braga", clássico brega do início dos anos 70.