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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"Ridículos tiranos"

Por Jorge Magalhães

Sob o fito de orar, vejam vocês, pelo "contínuo desenvolvimento da cidade", mas de olho mesmo na baixissíma popularidade, o prefeito tranforma a Prefeitura numa filial ecumênica de designações religiosas evangélicas e tenta posar de Bom Samaritano enquanto adensa as perseguições e demissões de "barnabés" assalariados.
De que deus nos fala Tarcízio?
Colecionando mais uma bizarrice em sua passagem hilária e conturbada pela Prefeitura, o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Suzart Pimenta, depois de inaugurar mata-burro, semáforo, distribuir caixão de defunto indigente com a marca do seu governo e mandar lacrar a sete chaves a porta principal do Paço Municipal Maria Quitéria, agora resolveu encarnar o papel do Bom Samaritano.
Ignorando solenemente a Carta Magna do País, que em uma de suas cláusulas pétreas declara o Estado Brasileiro dissociado de toda e qualquer religião, este bisonho representante de uma das instituições afins do Estado, agora vem transformando a Prefeitura em palco para a sua maratona de genuflexões, aconselhamentos e sessões de descarrego.
E toda esta esquizofrênica demonstração pública de fé acontece bem ao gosto do protagonista, afeito aos holofotes e aos factóides semeados à larga. Nada contra as religiões, os religiosos e suas designações.
Pessoas tidas e havidas como de boa fé, estes pastores devem estar bem conscientes de suas funções de coadjuvante e de figurante, neste teatrinho de faz de conta armado para tentar angariar dividendos políticos, que andam a esquálidos 4% nas pesquisas de intenção de votos para as eleições que se avizinham.
Jesus Cristo, o ser mais elevado que viveu entre nós, costumava se recolher para os ermos da sua Jerusalém quando, contrito com o Pai (e só com o Pai), buscava desvendar os mistérios insondáveis da sua natureza mítica e penetrar as luzes do autoconhecimento.
Mahatma Gandhi, o libertador da Índia, reservava às segundas-feiras às orações, período em que se recolhia em jejum - uma prática muito comum entre iniciados para sintonizar o espírito ao seu Ser Superior, caminho facilitado, acredita-se, pelo enfraquecimento do organismo em jejum.
Haverão de indagar-me: "Mas o Senhor Jesus não disseste, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles?". Com efeito, e assim o é. Mas Jesus também condenava o uso do Santo nome do Senhor em vão.
Jesus jamais se prestaria a comungar com uma assembleia em que o nome do seu Pai fosse usado como moeda de troca ou de qualquer barganha. Enquanto o alcaide, ajoelhado, mãos postadas aos céus, tenta sofrivelmente interpretar a ópera bufa do Bom Samaritano, pobres servidores de salário mínimo com mais de 15 anos prestados à Prefeitura e sem nenhum peso político estão sendo impiedosamente perseguidos e demitidos sem apelação nas caladas da noite, pasmem, pelas mesmas mãos que pela manhã ousam louvar a Deus.
Será que o Senhor, em sua infinita justiça, em sua infinita bondade, em seu infinito amor, pactuaria com alguém que através de retaliações e movido pelas paixões mais subterrâneas se portasse como mensageiro de maus presságios à casa de um dos seus filhos?
Fonte: Blog "Etc & Tal"

2 comentários:

Anônimo disse...

JESUS FARIA O MESMO COM O FARISEUS DO TEMPLO: CHICOTE NO LOMBO DE PIMENTA, MERCADOR DA FÉ, ABUTRE DOS INDERFESOS

Mariana disse...

Êste artigo deveria ser relembrado, no blog, diversas vêzes, próximo às eleições. A gente já sabia que há pessoas dêsse nível, jogando com a fé de pessoas menos esclarecidas, prá arrancar-lhes o voto. E não foi o que a presidente do país tentou fazer, durante a sua campanha? Porque venceu, o prefeito de vocês deve estar pensando que será do mesmo jeito.