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terça-feira, 15 de novembro de 2011

"Lupi é fardo pesado para Dilma"

Editorial

Carlos Lupi vai, até agora, pela mesma rota percorrida por ministros que, com o beneplácito do lulopetismo, ocuparam espaço na máquina pública com a preocupação prioritária de favorecer os respectivos partidos na liberação descuidada, para dizer o mínimo, de dinheiro do contribuinte. Alfredo Nascimento (PR), Wagner Rossi (PMDB), Pedro Novais (PMDB) e Orlando Silva (PCdoB) lutaram, de alguma forma, para ficar no cargo, mas não resistiram à divulgação de "malfeitos" relacionados ao desvio de recursos do Tesouro para o caixa dois de projetos políticos (e/ou pessoais).
Descaminhos administrativos no Ministério do Trabalho, cedido por Lula ao PDT de Carlos Lupi em 2007, no segundo mandato do presidente, são conhecidos há tempos. O estilo de gestão de Lupi é de alta produtividade na geração de casos escandalosos, sempre na linha do uso do dinheiro público para beneficiar esquemas próprios e pedetistas.
Como tem sido um padrão no mau comportamento no primeiro escalão nomeado pelo lulopetismo, não faltam ONGs e relações promíscuas. O uso, pelo ministro, em 2009, em viagem oficial pelo interior do Maranhão, de um avião cedido pelo empresário Adair Meira é exemplo irretocável dessa confusão de papéis. Meira opera ONGs com acesso livre ao orçamento do ministério. Além deste fato, revelado pela revista "Veja", Lupi tem contra si provas fartas de aparelhamento da máquina do Trabalho por militantes do partido. Conforme reportagem do GLOBO de domingo, pedetistas ocupam mais de dez superintendências regionais do ministério. O modelo fisiológico é o mesmo aplicado em outras pastas sob as bênçãos do lulopetismo. Tanto tempo de controle consentido do ministério estimulou em Lupi um estilo arrogante, capaz até de afrontar a presidente Dilma, a quem desafiou a demiti-lo. Talvez tenha sido uma reação instintiva de quem se acostumou a nada acontecer com ele diante de denúncias. Cabe lembrar que Lupi resistiu até mesmo à indicação do Conselho de Ética da Presidência para que não acumulasse o ministério com a presidência do PDT. O Planalto se omitiu, e Marcílio Marques Moreira, presidente da comissão, foi embora. Lupi, depois, se afastou do partido, mas só formalmente. Na prática, continuou a transitar nas duas esferas: pública (ministério) e privada (PDT). Lula sempre preferiu preservar aliados a investigar "malfeitos". Coerente, o ex-presidente aconselhou Orlando Silva a "resistir", apesar de evidências gritantes de roubalheira no Esporte patrocinada pelo PCdoB.
Pedetista histórico, ligado a Brizola, Vivaldo Barbosa, ex-deputado federal, escreveu artigo, publicado na edição de sexta-feira, com pesadas críticas a Lupi. Título sugestivo: "Um partido que era limpo."
Um aspecto neste escândalo é que o ministro aproveita falhas na Lei Orgânica dos Partidos e mantém o PDT sequestrado: controla a legenda por meio da nomeação de interventores em vários diretórios regionais. No estilo "o partido sou eu", Lupi parece ser beneficiário direto quando bombeia recursos públicos para a legenda. Assina o cheque e embolsa o dinheiro. A presidente Dilma teria o plano de levar o caso até a reforma ministerial prevista para início do ano. Não será fácil.
Fonte: Jornal "O Globo"

Um comentário:

Mariana disse...

Olhe, se ela(Dilma) se atrever a esperar pela reforma ministerial, certamente terá um péssimo natal, porque a imprensa e a oposição, com razão, estarão lhe lembrando sempre, dos "malfeitos" de Lupi, que não devem parar por aí.
Quem começa a praticar ilícitos, com as facilidades que êsses ministros dos governos petistas têm, se acostuma fácil e não se contenta com pouco. Deve haver muito mais caroços, embaixo dêsse angu.