Por César Maia
1. As pesquisas eleitorais um ano antes das eleições, especialmente num quadro de reeleição como ocorrerá em várias capitais e grandes cidades em 2012, devem ser feitas e analisadas com muito cuidado. Quem é prefeito e se candidata a reeleição tem visibilidade muito maior que os demais candidatos. O desconhecimento dos demais - que ainda não se candidataram a cargo majoritário - atinge 50% ou mais, mesmo que exerçam ou tenham exercido mandato de deputado federal, estadual ou vereador. É como escolher numa prateleira entre alguns produtos embalados, em que alguns deles nem se sabe o que contêm. Essa é uma pesquisa "fria".
2. Para que as pesquisas, hoje, possam projetar resultados efetivos, é necessário que elas qualifiquem os candidatos da forma que no início da campanha eles serão identificados. Fulano, prefeito atual do município; sicrano, etc.; beltrano, etc. Com tais qualificações, a pesquisa começa a ficar "quente". A qualificação deve possibilitar o eleitor a identificar os candidatos mesmo que se necessite de acompanhar o nome por uma frase inteira.
3. Pode-se ir mais longe na pesquisa "quente" e testar os nomes acompanhados de cenários. Aqui os riscos são maiores, pois será necessário que em campanha essa qualificação e cenários fiquem claros para o eleitor, seja a qualificação de um candidato novo, seja a do prefeito em exercício. Para reduzir o risco nesse tipo de pesquisa de projeção de cenários, pode-se deixar de qualificar por cenários o prefeito em exercício e só qualificar os demais, dando ênfase na qualificação de cenários aos complementos do candidato que contrata a pesquisa.
4. Com isso, seja na pesquisa com qualificação pessoal, seja na pesquisa por cenários associados aos candidatos, se terá um quadro muito mais real que na pesquisa fria em que se comparam nomes com taxas de conhecimento radicalmente diferentes. Testes feitos assim, em capitais em 2007-2008, com prefeitos candidatos à reeleição e seus adversários, mostraram resultados muito diferentes entre as pesquisas "frias" e "quentes". Antes dos candidatos ficarem preocupados com pesquisas divulgadas, é bom que contratem as suas, com qualificações. Terão um quadro muito mais realista.
Fonte: "Ex-Blog do César Maia"
2. Para que as pesquisas, hoje, possam projetar resultados efetivos, é necessário que elas qualifiquem os candidatos da forma que no início da campanha eles serão identificados. Fulano, prefeito atual do município; sicrano, etc.; beltrano, etc. Com tais qualificações, a pesquisa começa a ficar "quente". A qualificação deve possibilitar o eleitor a identificar os candidatos mesmo que se necessite de acompanhar o nome por uma frase inteira.
3. Pode-se ir mais longe na pesquisa "quente" e testar os nomes acompanhados de cenários. Aqui os riscos são maiores, pois será necessário que em campanha essa qualificação e cenários fiquem claros para o eleitor, seja a qualificação de um candidato novo, seja a do prefeito em exercício. Para reduzir o risco nesse tipo de pesquisa de projeção de cenários, pode-se deixar de qualificar por cenários o prefeito em exercício e só qualificar os demais, dando ênfase na qualificação de cenários aos complementos do candidato que contrata a pesquisa.
4. Com isso, seja na pesquisa com qualificação pessoal, seja na pesquisa por cenários associados aos candidatos, se terá um quadro muito mais real que na pesquisa fria em que se comparam nomes com taxas de conhecimento radicalmente diferentes. Testes feitos assim, em capitais em 2007-2008, com prefeitos candidatos à reeleição e seus adversários, mostraram resultados muito diferentes entre as pesquisas "frias" e "quentes". Antes dos candidatos ficarem preocupados com pesquisas divulgadas, é bom que contratem as suas, com qualificações. Terão um quadro muito mais realista.
Fonte: "Ex-Blog do César Maia"
Um comentário:
Acredito que Feira seja um pouco diferente, já que os eleitores tanto conhecem o atual prefeito como o ex-prefeito, que também é candidato a voltar. Aí, contrariando ao que sugere César Maia, as pesquisas não devem mudar grandes coisas, já que tirando o prefeito medíocre e o ex, que fez uma ótima gestão(tenho lido sôbre êle), quem mais poderia chegar lá em cima nas pesquisas? Tem gente por aí, DAQUÊLE partido, que deve ter TRAÇO, nas pesquisas mais próximas das eleições, quando muitas lembranças poderão vir à tona.
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