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No Domingo de Páscoa

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sábado, 18 de junho de 2011

"Antilibertários"

Por Arthur Virgílio
Impressionam-me o ódio e a intolerância que vêm em certos comentários - sempre os mesmos, certamente das mesmas pessoas - sobre os meus artigos.
Agridem o vernáculo, desqualificam a lógica. Revelam a face da República aparelhada, que chega ao "requinte" de manter desocupados de prontidão nos blogs e no twitter, sempre dispostos a interditar o debate e negar o contraditório.
"Perdeu as eleições", diz um "luminar" anônimo do petismo, como se eventual insucesso eleitoral eliminasse o direito ao exercício da cidadania, da crítica, de fazer oposição.
Ora, ninguém perdeu mais eleições do que Lula (uma para o governo paulista e três, em primeiro turno, para presidente) e ninguém falou mais do que ele, que se insurgiu até contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Seria menos grave se essa mentalidade tosca fosse apenas dos tarefeiros e não parte integrante do raciocínio dos líderes da ordem que aí está. Infelizmente, nem os de baixo, cujo "dever" é dar plantão nas mídias sociais, e nem os mais ilustres membros da grei trabalham com a hipótese de serem contrariados.
Chegam a extremos, como a fraude eleitoral e a quebra ilegal de sigilos de adversários - e suas famílias - e de pessoas humildes como o caseiro Francenildo.
Para eles, os fins justificam os meios. Não à toa, há tantos cadáveres ao redor do assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André.
Recentemente, vozes "indignadas" bradavam que eu não poderia ser, ao mesmo tempo, diplomata e opositor do governo. Recusam-se a consultar a Constituição. E não se queixam de o Itamaraty estar cheio de militantes petistas, a começar pelo ex-chanceler Celso Amorim. Para o petismo, só pode militar a favor; contra, jamais.
Um dos "missivistas" chegou a dizer que eu estaria "obrigado" a defender a "política externa do PT", como se essa figura esdrúxula existisse. Como profissional de uma carreira de Estado, cumpro meu trabalho e, fora dele, faço o que minha consciência manda. Sirvo ao Brasil, neste momento em Portugal, e não ao PT.
Proibir-me de falar sobre qualquer tema e, em meu nome pessoal, até sobre política externa, é façanha impossível.
Não silenciei diante dos generais da ditadura; não me abastardaria diante do regime do mensalão, do dinheiro na cueca, do milagre da multiplicação do patrimônio, das palestras escusas, do desrespeito às instituições, da proteção a criminosos como Cesare Battisti.
Será que estamos combinados assim?
* Arthur Virgílio, diplomata, foi líder do PSDB no Senado

Fonte: "Blog do Noblat"

Um comentário:

Mariana disse...

Combinadíssimos! Sempre admirei a atuação do ex senador Arthur Virgílio, inteligente e corajoso, sem mêdo do enfrentamento responsável. Pena não ter sido eleito! Faz falta, porque no senado, de 81 senadores, tirando uma meia dúzia de senadores capazes de os enfrentar(os governistas), o restante, deve ter sido eleito por engano, por brincadeira ou por sacan....!