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quarta-feira, 6 de abril de 2011

"P?? S?? D??"

Por Cesar Maia
1. Paradoxo da política brasileira: enquanto o sistema eleitoral estimula a multiplicação dos partidos, a legislação de criação de novos partidos dificulta. Criar um novo partido a curtíssimo prazo só com uma estrutura orgânica e nacionalmente capilar, como ocorreu com o PRB. De outra forma serão meses. Menos pela coleta de assinaturas, e mais pela checagem, nome a nome, dos 500 mil, nos TREs. Aqueles que têm partido terão que se desfiliar por carta. Os TREs farão a checagem do nome, título de eleitor, carteira de identidade, assinatura e filiação partidária.
2. Parte pode ser feita eletronicamente, mas parte terá que ser manual. Mas essa questão formal não é a mais importante. As eleições sequenciais, bianuais no Brasil, reforçam-se como uma corrente contínua. As eleições municipais de 2012 serão o grid de largada de 2014. Há uma correlação significativa entre vereadores eleitos numa eleição e deputados eleitos na seguinte. Por isso, o interesse dos deputados de eleger os "seus" vereadores. No Brasil, com a política inorgânica, a busca do mandato se justifica por si mesma.
3. Coligações garantidas para vereador, em 2012, só perto das convenções em junho. Mais incerto o panorama quando não há previsibilidade. Tem-se noticiado a criação de um novo partido. Primeiro como PDB. O nome foi mudado pelo apelido dado. Bobagem. Apelidos virão com qualquer nome. Os zig-zags aumentam a insegurança. PDB insinuava que o caminho seria a fusão futura com o PMDB. Começaria com o controle do DEM, para que a fusão fosse mais valiosa: mandatos, tempo de TV e fundo partidário. Sem sucesso, veio a decisão de se criar um novo partido.
4. Dizem que o PT ficou preocupado. Após a decisão do STF, o PT fica com 16,3% da Câmara dos Deputados e o PMDB com 15%. Uma fusão com o PDB faria do PMDB o primeiro partido, com os desdobramentos que se conhecem. Sem o 'DB' que vem marcando as partições desde o MDB, veio o 'S' do PSB. Mas ficará muito difícil àqueles que foram tão agressivos na campanha de 2006 a prefeito de São Paulo, e na de 2010, e àqueles que agrediram tanto a CNA por razões ambientais, se somar assim, não mais. E ainda tem a questão do PT e das Farc.
5. Com isso, fusão só depois de 2012. Então veio a ideia de que o novo nome pudesse mostrar uma diversidade suficiente para entrar no que os politólogos chamam de partidos "catch-all". E, com isso, vem outra pedra no caminho. Como juntar o PSD - dos latifundiários da república de 1946 - com os atuais, agregando um "blush" róseo, um "pancake" azul (porque verde pegará mal), a uma "base" cor da pele para encobrir as rugas? E como convencer um vereador e um deputado a um jogo de azar que pode comprometer sua eleição em 2012 e em 2014? O novo partido será uma pinguela para depois, com a fusão, escolher qualquer partido? Qual será o resultado desse espalhamento na hora da fusão em 2013? Quem correrá o risco? Quem viver... verá.
Fonte: "Ex-Blog do Cesar Maia"

Um comentário:

Mariana disse...

Dimas, estou procurando alguma notícia sôbre Kátya Abreu...peguei o final de seu discurso, hoje, e depois o presidente da mesa desejando-lhe sorte pelo "nôvo partido". Será que entendi direito? Nem posso crer nisso!