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No Domingo de Páscoa

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Autoabsolvição"

Por Dora Kramer
Figura síntese do escândalo símbolo do PT no poder, Delúbio Soares tenta pela segunda vez retomar sua filiação ao partido. A primeira, depois de ter sido expulso por causa da engenharia montada na tesouraria petista para fazer frente às necessidades financeiras de filiados e aliados, foi no final de 2009.
A proximidade do ano eleitoral levou os companheiros de Delúbio a convencê-lo a desistir, já que seu retorno inevitavelmente invocaria a memória do processo em tramitação no STF, no qual o ex-tesoureiro do PT e mais 37 acusados respondem pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa.
Passado o perigo, ele volta à cena com apoio de companheiros importantes. Por exemplo, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza, cujo entendimento é o de que Delúbio Soares já pagou por seus pecados e não pode ter "pena definitiva".
Aliás, não só o ex-tesoureiro, mas "todos eles", segundo o líder, "já pagaram um preço maior do que seus pecados".
Convenhamos, quando há movimentos concatenados não se pode acreditar em coincidências.
Lula acaba de deixar a Presidência da República avisando que além da reforma política e da fome na África vai tratar de "provar que o mensalão não existiu".
Foram cinco dias de julgamento em agosto de 2007, feitos 40 réus (hoje são 38, um foi excluído e outro morreu), envolvidos cinco partidos, três ministros de Estado, 11 parlamentares, um voto de 500 páginas redigidas pelo relator. Atualmente o processo tem 50 mil páginas e julgamento previsto para este ano, segundo os otimistas.
Portanto, ao contrário do que prega o deputado Vaccarezza, ninguém pagou preço algum, porque a Justiça ainda não se pronunciou. Ao pretender reincorporar Delúbio Soares, depois da reabilitação dos mensaleiros hoje integrantes do Diretório e da Executiva Nacional do partido ou em bons postos no governo, o PT quer preparar o ambiente para o julgamento.
Reescreve a seu modo a história, decreta autoabsolvição geral e Lula politiza a questão, tentando transformar o processo em fator de desestabilização do País.

Um comentário:

Mariana disse...

Êles todos, os envolvidos no mensalão, não só não pagaram por nada, como continuaram desfrutando de todos os privilégios, no govêrno de Lula. Aliás, êle próprio ainda diz que o mensalão não existiu, portanto, os inocentou desde sempre. Vaccarezza, embora a gente nem saiba, pode ter alguma razão especial que não saibamos, prá fazer um comentário e uma defesa tão perigosa como esta.