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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"O dia em que Sílvio Santos fez a imprensa de boba"

"Sílvio Santos não poderá mais repetir o seu famoso bordão: “Quem quer dinheiro?”.
Abriu-se na sexta-feira o baú de infelicidades do mais famoso animador de auditório da TV brasileira, dono do SBT, a terceira maior rede do país no ranking de audiência, transmitida por 106 emissoras (15 próprias e 91 afiliadas).
O seu banco, o Panamericano, queria dinheiro, muito dinheiro, para cobrir o rombo de 2,5 bilhões de reais no seu balanço fraudado.
O banco de SS repassava carteiras de créditos de suas operações para outros bancos, mas não contabilizava essa transferência no balanço, que justificaria hoje o bordão de Santos no programa Tentação: ”Vale dez reais?”
No melhor estilo Lula, Sílvio Santos apressou-se a declarar: “Eu não sabia de nada”.
A fraude do lucro inflado no banco do apresentador de Topa Tudo por Dinheiro representa 40% dos ativos do Panamericano, que somam R$ 6,5 bilhões, e passou batido por uma das mais respeitadas empresas de auditoria do mercado, a Deloitte.
A solução engenhosa para sair da enrascada estava embutida num dos bordões mais conhecidos de SS: “Vem pra cá, vem pra cá”.
Foi o que ele disse ao governo Lula, que foi lá para o SBT em apuros, já que tinha interesse no caso - a Caixa Econômica Federal adquiriu no ano passado 49% das ações do banco -, por meio do camarada FGC, o Fundo Garantidor de Crédito, mantido pelos bancos mas sensível a apelos federais. Sobretudo quando o Banco Central recomenda que apóie determinadas operações.
O FGC, a quem SS ofereceu 44 empresas de seu grupo como garantia, disse que a recomendação de socorro feita pelo Banco Central tinha por objetivo evitar o “risco sistêmico” que poderia abalar a área financeira do país.
Quando o PT de Lula era oposição, essa desculpa do PSDB de FHC era motivo de zombaria para a inclemente confraria petista.
O sempre bem informado Guilherme Barros, colunista de economia do portal iG, informou que o BC, ao contrário de Lula e de Silvio Santos, sabia de “inconsistência contábil” no Panamericano há dois meses, ou seja, desde setembro.
Foi examente em setembro, uma quarta-feira, 22, dez dias antes do primeiro turno da eleição presidencial, que Sílvio Santos visitou Lula inesperadamente no Palácio do Planalto, causando o alvoroço previsível.
Naquele dia, o sorridente SS avisou que estava ali apenas para convidar o presidente para a abertura do Teleton, um programa que arrecada recursos para crianças e adolescentes com necessidades especiais.
No embalo, ainda arrancou uma doação de R$ 12 mil de Lula.
Silvio atropelou a agenda presidencial, tirando do caminho uma reunião prevista para aquele horário justamente com Henrique Meirelles, o presidente camarada do BC que dois meses depois seria fiador do SOS para SS.
O que espanta, neste processo, é a inconsistência sistêmica da imprensa brasileira, que cobriu burocraticamente a surpreendente visita de SS ao Planalto: “Não venho aqui desde o governo Itamar Franco”, avisou ele, ou seja, fazia já 18 anos.
E os repórteres e editores engoliram, em seco, a explicação boboca sobre o Teleton. Se não fosse tão preguiçoso, habituado ao declaratório e ao oficialiesco, um jornalismo esperto poderia ter percebido ali as fagulhas do rolo do Panamericano que enfiou o FGC, o governo e Sílvio Santos no mesmo baú de desinformação e incertezas.
O desprezo de SS pela notícia já faz parte do folcore nacional. Na noite de 17 de julho de 2007, as maiores redes de TV do país interromperam a cobertura dos Jogos Panamericanos do Rio para mostrar as primeiras imagens fumegantes do Airbus da TAM que explodiu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O SBT foi o último a informar sobre a tragédia.
Nem Bin Laden conseguiu desfazer o sorriso de plástico de SS. No 11 de setembro de 2001, o dia do maior ataque terrorista da história, que as TVs do mundo inteiro cobriram ao vivo para o mundo estarrecido, o SBT continuou, impávido, a transmitir sua programação normal, quebrada apenas por breves flashes de plantão nos horários comerciais.
Naquele dia, o SBT atingiu um dos menores índices de audiência de sua história.
Prova de que o povo, apesar de Sílvio Santos e alguns de nossos jornalistas, não é bobo".
Fonte: Blog do Ricardo Setti

5 comentários:

Mariana disse...

Quanta mutretagem, heim! Será que Lula e sua gang sabiam de toda essa armação? É, nós os brasileiros somos mesmos uns idiotas que, mais uma vez, eremos que engolir essa. Vamos ver se o congresso vai fazer algumas audiências públicas prá que se explique esta situação.

Danilo Aguiar disse...

Estão fazendo tempestade no copo d'água, não sabem a noção exata do que é o sistema financeiro nacional e as conseqüências de quebra de uma instituição, o FGC é independente e toma decisões com base técnica. Fui estagiário do BACEN em Brasília durante 1 ano (2005) e sei da capacidade e isenção analítica do corpo funcional daquela autarquia.

Danilo Aguiar disse...

O único que perde é o Silvio Santos que colocou seus bens como garantia da operação de 'asset restructuring', os recursos públicos estão protegidos caso o empresário não cumpra com suas obrigações.

Mariana disse...

Danilo, que tempestade em copo d'água? E quem foi que disse que o patrimônio de SS paga o emprestimo feito? Êste governo "dá nó em pingo d'água" quando se trata de nos enganar. Vamos aguardar os acontecimentos.

Mariana disse...

Tá certo, Silvio deixou seus 2bi meio(patrimonio) de garantia, mas dizer que os recursos públicos estão protegidos...se compramos gato por lebre, não perdemos nada?