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No Domingo de Páscoa

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

"A CPMF, a vingança e a oposição"

De Reinaldo Azevedo
A proposta de recriação da CPMF ultrapassa o limite do ridículo e da vigarice política, e o governador de Minas, Antonio Anastasia, deveria guardar distância da trapaça se não quiser que pareça que está usando a CPMF para fazer a tal “oposição propositiva” - sem nem mesmo bater um papinho com seus pares. Como escrevi aqui no dia mesmo daquela entrevista concedida por Lula e Dilma, se era isso o que os petistas queriam, que o dissessem durante a campanha eleitoral. Não há dúvida de que a questão vinha sendo debatida no governo e que Dilma contaria com governadores-laranja, mais adiante, para tentar lavar uma proposta do Planalto. Mas tenho para mim que Lula, na entrevista, foi um tantinho precipitado. Revi o filme daquele dia, e dá para notar que ela fica um pouco constrangida. Não era para deflagrar já a operação. Acontece que o Babalorixá de Banânia não consegue vencer a sua raiva. À diferença do que diz, ele não sabe perder - e também não sabe ganhar.
Como revelou o presidente, a batalha da CPMF foi a ÚNICA que ele perdeu no Congresso. E não engole aquela derrota de jeito nenhum! De fato, ela teve algo de simbólico. Foi em dezembro de 2007, ao ver o imposto ser derrubado no Senado, que Lula constatou de modo inequívoco: “Não adianta eu tentar a (re)reeleição porque vou perder no Senado”. E perderia mesmo. Ficou furioso com as oposições e decidiu sair em campanha pelo país para pegar seus inimigos na Casa por conta das duas questões: a) a derrota da CPMF propriamente; b) o sepultamento da possibilidade do terceiro mandato. As coisas ficaram entaladas na sua goela.
E então não teve dúvida: na primeira entrevista depois da eleição de Dilma, decidiu acertar as contas com o passado, que é o que faz sempre. Estamos diante de uma das pessoas mais vingativas da política brasileira. A construção do petismo supõe, como se sabe, a tentativa de destruir a memória e a herança do PSDB. Já escrevi centenas de textos a respeito. É da sua natureza. Não se trata de um partido da ordem, que aceita conviver com a divergência; quer eliminá-la. Mas, além da componente partidária e do modo como se constrói a legenda, há o aspecto pessoal: Lula tenta desconstruir FHC todos os dias porque o tucano o bateu duas vezes nas urnas - e no primeiro turno! Lula não aceita isso até hoje. “Mas e Collor?” Bem, Collor se ajoelhou diante do lulismo e fez mea-culpa. Nesse caso, tudo bem!
Questão de caminho
É uma questão e caminho. Ou bem constatamos que a carga tributária brasileira já beira o escândalo - muito superior à de países com seu grau de desenvolvimento - ou bem condescendemos que sempre dá para arrancar da sociedade um pouquinho mais, em nome de nobres interesses. A promessa solene de Dilma Rousseff foi a diminuição da carga tributária, não a elevação. Espera-se dos oposicionistas que honrem os milhões de votos que receberam. Na rejeição à CPMF, muitos outros milhões certamente se agregarão.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

2 comentários:

Mariana disse...

E assinaremos TODAS as listas de repúdio ao retôrno dessa cretinice. Na campanha, NENHUM dos canndidatos falou em retornar com êsse absurdo. Agora, além de tudo, é traição. O Lula?? Quem é? Já não me importo com o que diz. Quem deve cumprir o que prometeu, é a candidata eleita e brigaremos é com ela, se preciso fôr.

Anônimo disse...

De Tasso Franco, no "Bahia Já": "A CPMF deveria voltar mas só ser cobrada dos políticos. Seria uma boa".