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No Domingo de Páscoa

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

ACM Neto diz que Bahia pode cair mais no ranking do IBGE

O deputado federal ACM Neto (DEM) disse nesta terça-feira, 23, em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, que a Bahia caiu da sexta para a sétima posição no ranking dos estados mais desenvolvidos do país por falta de investimentos e de iniciativas na área econômica por parte do governo petista.
ACM Neto lembrou que, em abril, fez um discurso alertando o governador Jaques Wagner (PT) de que o Estado perderia a posição de sexta economia do país no ranking do IBGE. Agora, o deputado alertou que a queda pode ser maior, já que o Distrito Federal está prestes a ultrapassar a Bahia no ranking. “O que explica a perda da musculatura econômica da Bahia é falta de compromisso do seu governador na atração de investimentos”, afirmou o deputado.
“Chamei a atenção do Brasil que a Bahia estava correndo o risco de perder a sexta posição no ranking nacional dos estados economicamente desenvolvidos para Santa Catarina. Lamentavelmente, aquele alerta que fiz não foi ouvido pelo governador e pela sua equipe. Agora, o IBGE revela dados que demonstram que Santa Catarina ocupou a sexta posição no ranking nacional de desenvolvimento econômico. E não para por ai. Porque o Distrito Federal já encostou na Bahia. A Bahia tem nota 4. O Distrito Federal tem nota 3,9”, alertou o democrata.
ACM Neto acredita que, se não houver uma mudança na política econômica do estado, no próximo levantamento do IBGE a Bahia será ultrapassada pelo Distrito Federal. O deputado ressaltou que, quando se compara a economia da Bahia com a dos demais estados, fica evidente que o problema é grave. “O ICMS da Bahia entre o ano de 2006 e 2009 cresceu 17,8%. O de Pernambuco, estado irmão que pertence ao Nordeste, cresceu 41,6%. O ICMS da Bahia deste período foi o que cresceu menos em todas as 27 unidades da federação”, afirmou, citando dados do Instituto dos Auditores Fiscais (IAF).
O deputado enfatizou que a Bahia cai no ranking dos estados mais economicamente desenvolvidos por falta de investimentos do governo. “Existe uma realidade completamente diferente naquilo que se mostra na propaganda e no que se verifica na prática, na vida concreta das pessoas. O governador fala da Ferrovia Oeste-Leste, que não saiu do papel. Fala da construção do Porto Sul em ilhéus, para ajudar escoamento da produção, e não saiu do papel. Salvador tem o pior porto do Brasil”, frisou.
ACM Neto disse ainda que faltam investimentos na malha rodoviária, que ficaram “apenas nas promessas e propaganda”. “O governador prometeu a indústria naval, e não vimos um só navio ser construído no estado. Prometeu melhorar a situação dos aeroportos nas regiões estratégicas. Pergunto? Cadê o aeroporto de Barreiras, o de Conquista? Cadê o de Ilhéus? Cadê o de Porto Seguro?”, indagou, acrescentando que falta ao governador oferecer as condições para que a infraestrutura do estado permita a atração de investimentos por parte da iniciativa privada, gerando emprego, renda e divisas econômicas.
Neto disse também que a Bahia está sofrendo com a desvalorização do real frente ao dólar, já que tem uma economia exportadora. Ele afirmou que é hora do governador aproveitar o prestígio que diz ter com a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) para tentar mudar a situação. “Esperamos que o governador, que ganhou democraticamente mais um mandato, pare de se ancorar em suas amizades e comece a trabalhar”.
ÍNTEGA DO DISCURSO (NOTAS TAQUIGRÁFICAS DA CÂMARA)
O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Sem revisão do orador)
- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em abril deste ano ocupei a tribuna desta Casa para revelar uma grave preocupação sobre o desempenho da economia da Bahia. Naquele momento chamei a atenção do Brasil, pois a Bahia estava correndo o risco de perder a 6ª posição no ranking nacional dos Estados economicamente desenvolvidos para o Estado de Santa Catarina.
Lamentavelmente, aquele alerta que fiz em abril, portanto, no começo deste ano, não foi ouvido pelo Governador e por sua equipe de governo.
Agora, o IBGE traz dados que demonstram que Santa Catarina ocupou a sexta posição no ranking nacional de desenvolvimento econômico, ultrapassando a Bahia, jogando a Bahia para a sétima posição.
E não para por aí, porque o Distrito Federal já encostou na Bahia. A Bahia tem nota 4; o Distrito Federal, 3,9. Com o desempenho dos últimos meses da economia de ambas Unidades Federativas, não há dúvida que, no próximo levantamento do IBGE, o Distrito Federal vai passar a Bahia. E, aí, estaremos em oitavo lugar.
Ora, Sr. Presidente, quando comparamos a economia da Bahia com a dos demais Estados do Nordeste brasileiro, percebemos que a Bahia vem perdendo. Tenho aqui, por exemplo, um dado que mostra que o ICMS da Bahia, entre o ano de 2006 e 2009, cresceu 17,8%, enquanto o de Pernambuco, Estado irmão, que pertence à mesma região Nordeste, cresceu 41,6%. O ICMS da Bahia, neste período foi o que cresceu menos entre todas as 27 Unidade da Federação.
Muitos podem se perguntar: a que se deve isso? O que explica essa perda de musculatura da economia baiana?
E eu posso explicar. A explicação ésimples: há uma realidade bem diferente naquilo que se mostra na propaganda e daquilo que se verifica na prática, na vida concreta das pessoas.
O Governador Jaques Wagner fala na ferrovia oeste-leste, que liga o oeste da Bahia até o litoral baiano. A ferrovia não saiu do papel. Fala da construção do Porto Sul, no Município de Ilhéus, para ajudar o escoamento da produção baiana. O porto não saiu do papel. Salvador tem o pior porto do Brasil hoje. O mais ultrapassado porto do Brasil está na nossa capital, a cidade de Salvador.
O Governador fala na melhoria da malha rodoviária. No entanto, nada disso se concretizou em obras. São apenas promessas e propaganda.
Prometeu a indústria naval. Não vimos um só navio ser construído no nosso Estado. Prometeu melhorar a situação dos aeroportos nas regiões economicamente estratégicas do interior. Pergunto: cadêo aeroporto de Barreiras, no oeste? Cadê o aeroporto de Vitória da Conquista, uma luta pessoal nossa, na região sudoeste? Cadê o aeroporto de Ilhéus, no nosso litoral? Cadê o aeroporto de Porto Seguro?
Portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o que explica a perda da musculatura econômica da Bahia é a falta de compromisso do seu Governador na atração de investimentos, em oferecer as condições para que a infraestrutura do Estado permita que a iniciativa privada, em parceria com o Poder Público, invista, gere emprego, gere renda e gere divisas econômicas para a Bahia.
Além de tudo isso, com a excessiva valorização do real face ao dólar, a Bahia, que tem uma indústria exportadora, está sofrendo e a indústria baiana não tem proteção, não tem amparo do Governo do Estado.
Sr. Presidente, encerro esse discurso pedindo apenas mais 30 segundos a V.Exa., para dizer que honestamente eu espero não ter de mais uma vez ocupar a tribuna desta Casa para lamentar aquilo que não foi feito. O primeiro alerta fiz em abril, mas ninguém me ouviu. Agora, todos estamos pagando o preço. Se as autoridades da Bahia não tomarem uma providência imediata e, de uma vez por todas,aproveitarem o tal prestígio que Governador tem com o Governo Federal, com a Presidente eleita, da qual se diz amigo, se diz da cozinha, mas cadê essa amizade ser revertida em benefícios que colaborem para o desenvolvimento econômico do nosso Estado.
Em nome dos baianos, quero dizer ao Governador Jaques Wagner que já que ele teve mais um mandato conferido legítima e democraticamente pelo povo, pare agora de se ancorar na amizade com o A ou B e comece a trabalhar para a Bahia não continuar perdendo.
(Com informações de Alexandre Reis, da Assessoria de Imprensa de ACM Neto)

3 comentários:

Danilo Aguiar disse...

Não é problema do Brasil é aqui que tá um horror, saí pra lá com essa preguiça bota ela pra correr, chega desse lero-lero quero ver acontecer!

Mariana disse...

Danilo...e não é que rimou? Pode ser a musiquinha da próxima campanha de um adversário de JWagarezza,rs. Estamos de acôrdo, até porque, também quero ver a Bahia crescer novamente, como nos tempos do PFL no govêrno. (e por favor,não venha com lero-lero anti-"carlista", que já conheço de cor e salteado).

Mariana disse...

Só prá dizer, Dimas, que um discurso de um DEMocrata, principalmente baiano, faz muita diferença! Êles sabem o que dizem e o fazem com muita competência. Chega de tantos puxa-s.... dêsse tal de Lula e de sua eleita! Todos cheios de dedos ao falarem de algum amigo do rei quase morto. Sério, você só escuta gente do PMDB, PP, PR, PC's de todo o tipo, etc, todos medrosos de dizerem certas verdades, concordando em tuuudo, com o que dizem e fazem os petralhões. Parece até que no Brasil, vive-se de fato, num paraíso.