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quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Uso do rádio na política"

1. A locução no rádio e na TV são quase antípodas. Na TV, a voz deve ser escandida, quase segredando. Quanto mais suave e coloquial o tom da voz, mais atenção desperta. No rádio, ao contrário. A voz deve ser forte, quase discursiva. Na TV, um tom forte de voz separa a imagem do som: a voz sai por cima do televisor e a imagem continua no centro da tela. No rádio, a voz forte comunica e impressiona mais.
2. Na TV, a comunicação deve ser quase "twittada": curta e com palavras-imagem, e expressões que teatralizam o que se diz..., naturalmente. O teleprompter é para acostumados, pois exige que a leitura esteja sincronizada com a expressão.
3. No rádio, a comunicação deve ser feita em narrativas carregadas de imagens. Se for um menor nas ruas, deve ser "uma criança magrinha, embrulhada num jornal, debaixo da marquise"... Os grandes locutores de futebol dos anos 50 são mestres na narrativa carregada de imagens, pois transportam a quem ouve para dentro do campo, "vendo" exatamente o que ocorre.
4. O uso do rádio pelos políticos, fora da campanha eleitoral, deve apenas gerar concentração no uso adequado da voz e na comunicação na forma de narrativa. Mas durante as campanhas eleitorais há uma mudança fundamental. Primeiro, hoje, em algumas entrevistas ou debates, há a transmissão das imagens via internet. Há que se ter enorme cuidado, pois a câmera é fixa e não dá descanso nem para coçar o nariz. E escorregadas viram reprodução nos jornais e nas redes na Internet.
5. Mas o mais importante é a "audiência" dos debates/entrevistas em rádio em campanhas eleitorais, feitas pela imprensa escrita no dia seguinte, que tem repercussão muito maior que a própria audiência da entrevista ou do debate na rádio. E depois vêm as redes multiplicando essas matérias. O candidato deve, ao mesmo tempo, usar a metodologia própria da comunicação em rádio, mas deve usar conteúdos e expressões próprios dos jornais. Um político pode vencer um debate no rádio, ou se sair esplendidamente numa entrevista no rádio e "perder" o debate ou se sair mal na versão dada pelos jornais.
6. Hoje, 75% da audiência dos rádios são em FM. As rádios AM só têm audiência sensível pela manhã. A audiência em rádio é pulverizada, mesmo pela manhã. Rádios de notícias têm audiência pela manhã, 10% das rádios AM líderes de audiência.
7. As rádios são interativas, ao contrário da TV. Em pesquisa por encomenda da União Europeia, anos atrás, se demonstrou que o uso do rádio por pessoas mais idosas fazia recuar a dinâmica de Alzheimer ou demência senil. A TV ajudava a acelerar. Essa interatividade funciona espontaneamente. Quem ouve programa de comunicadores, conversa com eles. As rádios de notícias atingem a melhor audiência com locutor liberal (no sentido norte-americano) e matérias de conteúdo conservador.
Fonte: "Ex-Blog do César Maia"

Um comentário:

Mariana disse...

Gosto muito dos artigos de meu candidato a qualquer coisa, senador, governador ou o que êle quiser; um dos políticos mais inteligentes que conheço.