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No Domingo de Páscoa

No Domingo de Páscoa

sábado, 22 de maio de 2010

Indignação de Tuna

Gente,
Fiz, hoje cedo, este bilhete para o José Umberto, resolvi passar para outras pessoas, como o Dimas Oliveira, uma vez que não o fiz para publicar, mas acabo de o fazer, embora no mundo virtual. É que o cinema baiano não pode ser atropelado por este programa televisivo de grande difusão, numa reportagem sem pesquisa, primária, eivada de provincianismo. Vade retro...
Eis o bilhete:
Há pouco, pela TV-E, assisti uma longa entrevista do confrade André (Setaro), fiquei surpreso com a afirmação dele considerando apenas o Edgard Navarro como o único nome a ser citado como talento do atual cinema baiano. Nada tenho contra os merecidos méritos do Edgard, respeito a opinião e não vou discutir o gosto do crítico! Mas é sempre bom lembrar que o próprio André, numa longa entrevista ao jornal, "A Tarde", disse, a propósito do filme "Eu Me Lembro", “não é nenhuma obra prima, mas tem momentos de talento” (não sei se a frase foi exatamente assim, cito de memória). Tudo bem, como dizia o Millôr: “Livre pensar, é só pensar”. O que não condiz com o ofício crítico exercido, muito bem, na maioria das vezes, foi o expurgo, a menção infeliz de atirar no limbo os outros filmes, de longametragem, excluídos de qualquer menção crítica, deixando passar a impressão, aos que acompanharam o programa, a configuração da desimportância dessas produções genuinamente baianas.
O entrevistador, por sua parte, não ajudou, não soube conduzir, ou, provavelmente, não tinha conhecimento mais apurado da saga do cinema feito aqui. Uma comicidade surrealista ficou patente quando foi declarado que, os ditos filmes justificando os 100 anos de história da sétima arte, realizados nestas plagas, não deixou vestígios da sua existência, foram tragados pelas águas da Baia de Todos os Santos ou consumidos pelo tempo e o vento! Pergunta-se: Por que o cinema da Bahia não se contenta com as suas 50 primaveras!? Nem em cerimônia dos eguns, assim como, em sessão espírita, os referidos materiais rodados há 100 anos, podem ser materializados, ao alcance das nossas cansadas retinas. Comemora-se 100 anos de que!?
Por algumas décadas o combalido cinema baiano só existiu graças a Jornada de Cinema de Guido Araújo, alguém se lembrou!?
Triste Bahia!! O cinema baiano está virando uma ação entre amigos...
Forte abraço,
Tuna Espinheira

Um comentário:

Mariana disse...

Não sou cinéfila prá comentar êsse trelelê entre "gente grande" do cinema baiano, mas parece que Tuna, mais do que aborrecido, ficou muito sentido com o colega dele, não?