Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

Pré-venda no Orient CinePlace Boulevard

Pré-venda no Orient CinePlace Boulevard
9 a 15 de maio - 14 - 17 - 20

segunda-feira, 17 de maio de 2010

General manda jornalista perguntar a Dilma "quantas pessoas ela assaltou, torturou, matou..."

Entrevista do jornal "Folha de S. Paulo" com o general Maynard Marques Santa Rosa, que até fevereiro deste ano chefiou o Departamento de Pessoal do Exército. O Blog Demais repercute a entrevista, como tem feiro outros blogues da "Liberesfera":
Folha de S. Paulo - Qual é sua opinião sobre o governo Lula?
Maynard Marques Santa Rosa - Acho o presidente uma pessoa simpática, tem empatia com o público e sensibilidade em detectar os anseios da massa. O que é diferente da linha governamental que ele segue. Está rodeado de pessoas impregnadas de preconceito e ideologia. O governo tem várias caras. Ideologicamente, é intolerante, autoritário. Para ser mais preciso, tem anseio totalitário.
Folha - O Lula?
Santa Rosa - O governo. O presidente, não. Não sei se ele é usado ou se ele usa esse grupo para promover seus interesses.
Folha - O que caracteriza o autoritarismo do governo?
Santa Rosa - A intolerância com opiniões contrárias. Quem examinar o Programa Nacional de Direitos Humanos vai interpretar o que digo. Aquilo é um tratado ideológico de extrema intolerância, onde se pretende regular uma sociedade inteira. Adota o tal princípio da transversalidade. Na medida em que se têm intenções que transcendem Legislativo e Judiciário, são pretensões que transcendem até preceitos da Constituição, portanto, totalitárias.
Folha - Em que parte o 3º PNDH transcende Legislativo e Judiciário?
Santa Rosa - Quando propõe a institucionalização de mecanismos ilegais. Ingerir no processo judicial de reintegração de posse transcende a lei e na estimulação da degradação dos costumes à revelia da tradição cristã que temos, ao estimular a homoafetividade.
Folha - Totalitarismo não é o contrário, exigir que todos tenham o mesmo comportamento?
Santa Rosa - Querer consertar isso com outra penada mais totalitária é que é o erro. Temos de deixar fluir a natureza, inclusive nas relações sociais.
Folha - Os dois planos elaborados no governo FHC já não continham basicamente os mesmos pontos.
Santa Rosa - O primeiro plano não choca ninguém. Embora tenha bandeiras polêmicas, obedece ao princípio da naturalidade, não faz a sociedade civil engolir pontos que não lhe pertencem, diferentemente do de agora, fabricado de fora.
Folha - De fora? De onde?
Santa Rosa - Se você pesquisar a similitude entre a Constituição venezuelana, e também a equatoriana e a boliviana, que são clones adaptados aos seus países, vai verificar qual é a origem. Isso tudo é uma composição organizada, é uma conspiração internacional.
Folha - Durante seus 49 anos no Exército, o Sr. conheceu muitos gays nas Forças Armadas?
Santa Rosa - Não, existe uma rejeição inata da estrutura militar contra isso. O problema é que existe uma articulação, no sentido de transformar a sociedade, colocar uma nova cultura goela abaixo na classe média, e isso é apenas uma fase preliminar para depois se implementar o que se quiser.
Folha - E o que se quer?
Santa Rosa - Uma ditadura totalitária.
Folha - Comunista?
Santa Rosa - Exatamente. Primeiro, transformar os costumes da sociedade, para, por último, implementar o sistema totalitário. Falar isso no século 21 é quase uma aberração.
Folha - Após 21 anos de ditadura, a democracia não é irreversível?
Santa Rosa - Não acho. O povo não reage, está numa situação letárgica. Nosso povo não tem opinião, e quem tem se cala. Estamos anestesiados.
Folha - No seu e-mail contra o plano não havia nada disso.
Santa Rosa - O nosso foco era a defesa da instituição militar.
Folha - Nosso? De quem?
Santa Rosa - Meu. O foco militar era porque, se se conseguisse abrir a Comissão da Verdade, o resto seria facilmente alastrado. Houve uma reação institucional à qual até o próprio ministro (Nelson Jobim) aderiu, reconhecendo que iria causar uma desarmonia grande. Então, ele contrapôs aquele protesto que levou o presidente a flexibilizar a redação do plano.
Folha - Que nota o Sr. dá para o ministro Nelson Jobim?
Santa Rosa - Para o momento, é o melhor que se tem. É preparado, foi ministro do STF, da Justiça, tem relacionamentos de alto nível e é inteligente. O Ministério da Defesa é uma necessidade, faz parte da modernidade do Estado.
Folha - Como o Sr. define o regime de 1964?
Santa Rosa - Um regime emergencial, um mal que livrou o país de um mal maior.
Folha - E a tortura?
Santa Rosa - Nunca foi institucionalizada, é um subproduto do conflito. A tortura começou com os chamados subversivos. Inúmeros foram justiçados e torturados por eles próprios, porque queriam mudar de opinião. A tortura nunca foi oficial.
Folha - O Sr. critica que o plano está transportando para o país um regime autoritário, mas não foi justamente o de 1964?
Santa Rosa - Foi autoritário, mas não totalitário.
Folha - Qual é a diferença?
Santa Rosa - A imprensa, por exemplo, foi amplamente livre.
Folha - Como?!
Santa Rosa - Só teve censura no momento de pico, a partir do AI-5 (1968). Se não houvesse um enrijecimento político naquela oportunidade, poderia se perder o controle. Considero isso tudo um mal, mas um mal menor e necessário.
Folha - O Sr. aceita um militar torturando uma pessoa indefesa, um jovem, uma mulher, desarmados?
Santa Rosa - Nenhum militar torturou ninguém. Se houve, foi no Dops (Departamento de Ordem Política e Social, oficialmente vinculado à Polícia).
Folha - Não é covardia matar pessoas e torturar rapazes e moças, algumas grávidas, depois de presas?
Santa Rosa - Sinceramente, não sei de nenhum caso. O que existe é produto de imaginação.
Folha - O Sr. tem dúvida? A própria ex-ministra Dilma Rousseff foi presa e torturada.
Santa Rosa - Ela diz que foi torturada, mas... Só no Brasil, a pessoa que sobrevive, e está com boa saúde, alega a tortura para ganhar os benefícios, sejam políticos ou de pensão.
Folha - É mentira que houve tortura?
Santa Rosa - Com certeza absoluta. Vocês conhecem algum ex-torturado cubano? Ou russo? Ou chinês? Não existe, porque não se deixava sair (da prisão). Então foi a bondade, entre aspas, dos torturadores que permitiram que saíssem (no Brasil). Institucionalmente, legalmente, não houve (tortura). Não posso afirmar que, fora do controle, não tenha havido.
Folha - Não é justo, portanto, ter uma Comissão da Verdade para apurar se houve ou não houve?
Santa Rosa - Seria justo se os dois lados dissessem a verdade. Se você perguntar a Dilma Rousseff quantas pessoas ela assaltou, torturou, matou...
Folha - Até onde se sabe, ela não matou ninguém.
Santa Rosa - É o que ela alega. Sabe-se que tem vítima.
Folha - Qual é a sua opinião sobre José Serra? Ele foi presidente da UNE, exilado no Chile...
Santa Rosa - É um administrador competente, um gestor público excelente, tanto que, se voltar para São Paulo, se reelege. Mas eu estou me atendo ao produto do trabalho dele.
Folha - E a Marina Silva?
Santa Rosa - Tem uma visão da Amazônia igual à da Fundação Ford, igual à dos americanos. É uma visão internacionalista.
Folha - O Sr. vota em quem?
Santa Rosa - Na Dilma não voto de jeito nenhum, mas não é fácil engolir o Serra.

Um comentário:

Mariana disse...

Achei excelente a entrevista com o general Santa Rosa.
Quanto à dúvida dêle sôbre Lula ser ou não usado por seu grupo governista, francamente não tenho a menor dúvida de que êle é o líder dêles todos e se faz de ignorante nos assuntos e armações do grupo prá ficar bem com a massa. Jamais convenceu os mais atentos de que não usa a "sua gente" prá colocar em prática os seus "projetos".

Também fico pasma com a letargia de tantos que preferem "pão e circo" prá não terem muito trabalho prá tentarem mudar alguma coisa.
Nem sei se hoje, a melhor forma de combater tudo isto, seria combater Lula e sua trupe, mas talvez descobrir uma forma de trazer o povo à uma lucidez que perdeu faz tempo. Deixam-se levar pelas palavras fáceis do "cara" que parece, já detem 83% de popularidade. Eu, não acredito em tanto, mas é um número que encanta os incautos e infelizmente, quanto maior é, mais o fã club de Lula aumenta. Mas não desisto até o resultado sair(nem depois).