Sem nenhum vínculo com Feira de Santana

No dia 21 de outubro, o "Blog da Feira" postou a nota "Universidade paga ônibus e pernoites todos os dias - Professores da Uefs moram em Salvador e tem mordomias", que está merecendo reflexão.
Consta da nota que "quatro ônibus, com 48 lugares cada um, todos os dias fazem o percurso Salvador-Feira-Salvador, em horários diferentes, trazendo e levando professores da Universidade Estadual de Feira de Santana que trabalham aqui no campus da Uefs mas moram na capital".

Diz mais que "além dessa estrutura de transporte para atender a uma grande parte do seu corpo docente, a Uefs tem um prédio alugado em um bairro vizinho ao campus, com dois andares, com capacidade para 11 vagas femininas e 11 masculinas. É onde dormem alguns professores quando não voltam para Salvador. Só no ano passado foram 1.105 pernoites. É a chamada “Casa do Professor”, do Feira 6. Quantos são os professores que vivem em Salvador e vêm aqui apenas dar suas aulas no campus?".

Segundo o blog, "um dos reflexos disso, além dos pedagógicos, é o reconhecido distanciamento da Universidade com a comunidade feirense. É indefinida numericamente a população flutuante do corpo docente". Nem a Unidade de Organização e Desenvolvimento Comunitário da Universidade sabe precisar quantos professores não moram em Feira de Santana.

Um professor feirense da Uefs observou ao Blog Demais sobre a questão. Ele lamenta que os professores que vêm de fora nem conhecem a cidade, "nem estão interessado nisso", pois "chegam direto para a sala de aula".

Enquanto isso, até o dia 13 deste mês, a inscrição do concurso público de provas e títulos para ingresso na carreira do magistério superior na classe de professor auxiliar, assistente e adjunto. No edital nenhuma restrição quanto a candidatos que não tenham domicílio nesta cidade e até estrangeiro, com visto de permanência e com autorização para trabalhar, pode concorrer.