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sábado, 17 de outubro de 2009

"Chavismo por aqui?"

Artigo de César Maia, no jornal "Folha de S. Paulo"
Cada dia mais, políticos brasileiros - ditos - de esquerda perdem a inibição de elogiar Chávez. Um dos elementos da estabilidade política brasileira foi o PT na Presidência da República e o exercício do poder dentro das regras do jogo.
O PT tem dois vetores. De um lado, o sindicalismo, social-liberal por natureza, na dialética empregado-empregador, e pela sólida posição da CUT em sindicatos de bens duráveis de consumo, não estatizáveis. Em crises, reduzem-se os impostos. Do outro lado, a esquerda -dita- de origem revolucionária, que controlou a direção do partido até o "mensalão", quando caiu, arrastando a anterior. A partir daí, os sindicalistas assumiram a direção do partido.
O comando do PT pelo sindicalismo e a presença hegemônica em postos-chave do governo, do presidente aos fundos de pensão, conselhos do FGTS e do FAT, são um duplo poder. O Bolsa Família caiu como uma luva por sua marca social-liberal de igualação do ponto de partida. Com isso, associa a distância sindicalismo e marginalizados.
Aliás, a transposição de líderes sindicais a dirigentes partidários foi criticada por Lênin em seu "O Que Fazer" (1902). E Marx e Engels nunca integraram os marginalizados ao proletariado e repetiam que o lumpemproletariado era a massa de manobra do capital ("Manifesto", 1848).
Os poderes, partidário e governamental, assumidos pelos sindicalistas da CUT, do ponto de vista da estabilidade política, não gera riscos, por sua natureza social-liberal. Porém, como forma de sinalizar aos militantes do PT um sentido tático nas ações de governo, usa-se a política externa em relação ao hemisfério Sul. Por sorte, Chávez radicalizou na frente, e a parte visível da política externa brasileira foi a moderação do presidente. Por mais sinais chavistas dados pelo co-chanceler-sul, o Brasil foi empurrado para o centro por Chávez.
Quando Lula indicou uma candidata da - dita - esquerda revolucionária para presidente, criou uma sensação de descontinuidade no caso de vitória. Mas os meses foram mudando essa sensação, e veio um certo alívio. Até a informação de que o coordenador-geral da sua campanha será o co-chanceler-sul, ostensivamente mesclado ao chavismo.
O desdobramento pós-eleitoral dos coordenadores-gerais de campanha é sempre uma posição destacada no governo (Sergio Motta, Dirceu-Palocci). Dessa forma, o que se pode esperar dessa decisão, de proximidade orgânica com o chavismo, é a certeza disso, e desde agora. Uma notícia preocupante para os que têm a democracia como estratégia, e não só como tática.

Um comentário:

Unknown disse...

Se continuar o petismo/lulismo, após 2010, não imagino sequer como chegaremos a 2014! Se agora, com uma oposição light, Lula e sua gang já nutrem tanto ódio(ele dá a impressão que chega a espumar quando fala da oposição), imagine quando houver qualquer reação por não suportarem mais esta falsa democracia, a mesma de seus amigos chavistas! Nem quero imaginar do que seriam capazes.