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No Domingo de Páscoa

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ao povo, pão e circo (para que mais?)

Por Priscila Chammas Dáu

É incrível a semelhança entre Governo Lula e a “Política do Pão e Circo”, famosa na Roma Antiga. E mais incrível ainda é como depois de séculos a tática ainda dá resultado! Se na antiguidade as lutas de gladiadores e a distribuição de pão e trigo distraíam a população, mantendo-a sob controle, temos hoje no Brasil uma releitura desta prática. Muito prazer, podem me chamar de “Bolsa-Família e Jogos Olímpicos”.
O efeito é exatamente o mesmo: enquanto o povo está entorpecido com a euforia que tomou conta do país devido às Olimpíadas de 2016 serem disputadas no Brasil (exatamente como aconteceu com a Copa do Mundo, há um ano), Lula e seus amigos (para não dizer corja) aproveitam para fazer e acontecer. É um tal de aumentar imposto aqui, criar um novo ali, que até a Prefeitura já aproveitou para tirar uma lasquinha.
E tome-lhe viagens, avião novo e nomeações inúteis. Na linguagem chula, Lula está parecendo “pinto no lixo”. Ele gasta por ano praticamente o dobro do que gastava seu antecessor FHC (aquele que viajava muito!). Se tem medo da opinião popular? Lógico que não! Seus eleitores estão muito satisfeitos com os cerca de R$ 100 por mês do Bolsa-Família (salário para fazer filho, que outro governo faz isso pelo povo?).
Quem não está nem um pouco satisfeita é a classe média, pobre classe média. Cada vez mais espremida, como sempre, é ela quem paga essa conta. Logo ela que é tão preocupada com o planejamento familiar, agora tem que sustentar não apenas os seus próprios filhos, mas também os filhos alheios. Filhos do Bolsa-Família de Lula, que ao invés de estar buscando uma maneira de conter o aumento da população miserável a está incentivando a crescer (apenas em número de indivíduos, vale frisar).
Manter uma política populista custa dinheiro, e muito. Mas calma! Não se preocupem! Lula e seus aliados já estão dando um jeito nisso. E como ensina a cartilha da lei do menor esforço, o jeito está sendo dado da maneira mais primária possível: aumentando a carga tributária! Óbvio!
Mas não seria mais estratégico diminuir a quantidade de impostos para incentivar os pequenos empresários a produzirem, contratarem mais mão de obra e, de quebra, ainda contribuírem com o desenvolvimento do país? Como o país vai crescer se as pessoas têm medo de investir? Um funcionário custa por mês o dobro do que ele recebe e a maior fatia do faturamento das pequenas empresas é rapidamente devorada pelos impostos. Do jeito que a coisa está indo, daqui a uns dias vai ser mais lucrativo parar de trabalhar e começar a fazer filho. Pelo menos para isso se tem algum incentivo.
Devemos nossas sinceras desculpas ao profeta Nostradamus, por não ter dado importância às suas sábias palavras, proferidas há quase 500 anos:
“(...) e próximo do terceiro milênio uma besta barbuda descerá triunfante sobre um condado do hemisfério Sul (Brasil?);espalhando a desgraça e a miséria. Será reconhecido por não possuir seus membros superiores totalmente completos (faltaria um dedinho?).Trará com ele uma horda (precisa citar?) que dominará e exterminará as aves bicudas (os Tucanos?) e implantará a barbárie por muitas datas (reeleição?) sobre um povo tolo e leviano (ah, essa parte é fácil! Os brasileiros!)”.
Quanta exatidão! Mas cada povo tem o líder que merece. E se a maioria ainda se deixa levar pelo Pão e Circo, resta à classe média se recolher à sua insignificância e continuar bancando bolsa-família, bolsa-mensalão, bolsa-cartão corporativo, bolsa-avião novo, bolsa-passagem de Adriane Galisteu, bolsa-nomeação de mais uma centena de ministros...
Enquanto isso, na periferia, o povão pondera: pra que ir pescar o salmão se tem sardinha em lata de graça e diversão garantida até 2016? Realmente, não faz o menor sentido. O resultado dessa brincadeira é fácil de projetar: se cada mulher “beneficiada” pelo incentivo tiver três filhos (uma média bastante modesta), em 20 anos, muito provavelmente, teremos o triplo de pessoas dependendo deste tipo de assistencialismo. Pena que Lula não estará mais no poder daqui até lá (assim espero). Ele ficaria tão orgulhoso em divulgar que “aumentou o número de famílias atendidas pelo Bolsa-Família”...
Moral da História: a educação é o futuro do nosso país, e Lula o exemplo vivo da lambança que a falta de instrução pode fazer com o Brasil
Priscila Chammas Dáu é bacharel em Comunicação Social pela Ufba e graduanda do 8º Semestre de Jornalismo pela Ufba.
(Artigo repassado por Tiago Martins)

8 comentários:

Unknown disse...

Muuuito bom esse artigo de Priscila Chammas Dáu! Lê-lo, nos dá a sensação de que nem tudo está perdido; que não estamos sós nessa frustração com tudo o que tem se passado neste país, que não é pouco. Valeu, Dimas, por escolher matérias tão boas prá seu blog.

Thomas disse...

Essa profecia do Nostramus é um grande hoax.

Anônimo disse...

Fantástica análise Priscila! Muito lúcida e apropriada. Parabéns...

Unknown disse...

Muito bom o artigo, Pity!! Após lê-lo, me senti uma idiota por ter me embalado com a comemoração do anúncio de que o RJ sediará as olimpíadas de 2016! Olimpíadas é um circo que custará mto caro para as pessoas mais carentes do nosso país! O Brasil antes de se preocupar em promover o esporte (que, de fato, é uma forma de tirar as pessoas do ócio) tem que se preocupar primeiro com as urgências que a sociedade reclama - em construir hospitais equipados, em qualificar e remunerar melhor os professores do ensino público, pq sem saúde e sem educação não teremos sequer cidadãos, quem dirá competidores desportivos!! E dizer que as olimpíadas diminuirão o desemprego é mais uma demagogia populista de Lula!!! O que queremos são soluções definitivas e não vagas de emprego provisórias!!! Os maiores beneficiados com as olimpíadas serão, sem dúvida, os nossos gestores políticos que irão superfaturar essas futuras obras, para ficarem mais ricos e nós ainda mais pobres, mais burros, mais incapazes de enxergar a roubalheira instalada e tentar extirpá-la! O Canadá acabou de pagar a conta das suas olimpíadas esse ano (e olhe que lá não tem a mesmo corja de políticos que a nossa)!! Imagine qd seremos capazes de quitar a nossa dívida com esse espetáculo do “pão e circo”?? Acho que a solução é morrer e nascer de novo, de preferência com nacionalidade suíça!

Unknown disse...

Parabéns Pri, excelente artigo! Sucesso, hoje e sempre!

BISCO disse...

PARABENS PELAS PALAVRAS!

Unknown disse...

Priscila, fico reconfortada em ouvir alguém que tb acha um absurdo essa "bolsa-cabresto", como disse muito bem Arnaldo Jabor. Isso me causa uma revolta tão grande! Essa corrupção desenfreada, a completa inversão de valores nesse Brasil. Dizem q o grau de desenvolvimento de um país é inversamente proporcional ao nível de corrupção. E isso é verdade, por isso estamos aonde estamos!

Augusto Cezar disse...

Interessante a idéia do "pão e circo".. Vale ressaltar que tal ofensa à população brasileira não é praticada apenas pelos governantes, a própria mídia se restringe a reproduzir programas que possuem o mesmo efeito dos estádios de futebol e o antigo coliseu de Roma.