Editorial de Hipólito José da Costa no lançamento do "Correio Braziliense" em 1808:
"O primeiro dever do homem em sociedade é ser útil aos membros dela; e cada um deve, segundo as suas forças físicas, ou morais, administrar, em benefício da mesma, os conhecimentos, ou talentos, que a natureza, a arte, ou a educação lhe prestou. O indivíduo, que abrange o bem geral de uma sociedade, vem a ser o membro mais distinto dela: as luzes, que ele espalha, tiram das trevas, ou da ilusão, aqueles, que a ignorância precipitou no labirinto da apatia, da inépcia, e do engano. Ninguém mais útil pois do que aquele que se destina a mostrar, com evidência, os acontecimentos do presente, e desenvolver as sombras do futuro. Tal tem sido o trabalho dos redatores das folhas públicas, quando estes, munidos de uma crítica sã, e de uma censura adequada, representam os fatos do momento, as reflexões sobre o passado, e as sólidas conjecturas sobre o futuro.
Devem à nação portuguesa as primeiras luzes destas obras, que excitam a curiosidade pública. Foi em Lisboa, na imprensa de Craesbeck, em 1649, que este redator traçou, com evidência, debaixo do nome de boletim de acontecimentos da guerra da aclamação de D. João o Quarto. Neste folheto se viam os fatos, tais quais a verdade os devia pintar, e desta obra interessante se valeu, depois, o Conde de Ericeira, para escrever a história da aclamação com tanta censura, e acertada crítica, como fez".
"O primeiro dever do homem em sociedade é ser útil aos membros dela; e cada um deve, segundo as suas forças físicas, ou morais, administrar, em benefício da mesma, os conhecimentos, ou talentos, que a natureza, a arte, ou a educação lhe prestou. O indivíduo, que abrange o bem geral de uma sociedade, vem a ser o membro mais distinto dela: as luzes, que ele espalha, tiram das trevas, ou da ilusão, aqueles, que a ignorância precipitou no labirinto da apatia, da inépcia, e do engano. Ninguém mais útil pois do que aquele que se destina a mostrar, com evidência, os acontecimentos do presente, e desenvolver as sombras do futuro. Tal tem sido o trabalho dos redatores das folhas públicas, quando estes, munidos de uma crítica sã, e de uma censura adequada, representam os fatos do momento, as reflexões sobre o passado, e as sólidas conjecturas sobre o futuro.
Devem à nação portuguesa as primeiras luzes destas obras, que excitam a curiosidade pública. Foi em Lisboa, na imprensa de Craesbeck, em 1649, que este redator traçou, com evidência, debaixo do nome de boletim de acontecimentos da guerra da aclamação de D. João o Quarto. Neste folheto se viam os fatos, tais quais a verdade os devia pintar, e desta obra interessante se valeu, depois, o Conde de Ericeira, para escrever a história da aclamação com tanta censura, e acertada crítica, como fez".
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