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terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Clientelismo e mensalões vêm de longe"

Trechos da coluna de Cesar Maia na "Folha de S. Paulo", edição de sábado, 29:
1. O pluripartidarismo brasileiro, com voto proporcional aberto por Estado, só dado em relações políticas inorgânicas. O mandato é percebido como pessoal, e o acesso a ele depende mais da competição dentro de um mesmo partido que com adversários. Desde a constituição de 1988, nenhum partido consegue chegar aos 20% dos deputados.
2. A partir do resultado eleitoral, o executivo inicia um jogo para a construção de maioria parlamentar em nome da governabilidade. E nada mudou no jogo da cooptação nestes últimos anos. Essa não é invenção brasileira, nem situação nova. Donald Sassoon (Mussolini e a Ascensão do Fascismo - Agir) relata: "Como não havia partidos disciplinados no parlamento, os chefes de governos italianos reuniam as maiorias necessárias, depois de extenuantes negociações".
3. "Da noite para o dia, adversários podiam ser 'transformados' em aliados, mediante suborno. Por isso, a designação pejorativa TRANSFORMISMO era aplicada ao sistema". "Desenvolveu-se um sistema de clientelismo, onde os políticos prometiam empregos aos eleitores, e um constante influxo de dinheiro público”.
4. A expressão – "transformismo" - foi usada na Itália, primeiro em 1882, para nominar a indiferenciação ideológica da direita à esquerda. Sassoon afirma que "o principal objetivo político dos deputados eleitos, era arrancar do governo recursos a serem distribuídos; as lealdades locais prevaleciam sobre as nacionais”. O “transformismo” existia pela pasteurização política. "Em política, frequentemente ser vago surte efeito", afirma.
5. Para governar queriam centralização, e maioria dócil. Na eleição de maio de 1921, com 14 partidos, a esquerda, em três partidos, somou 30% dos deputados; a direita com outros três, somou 36%, e o centro católico ficou com 20%. Mussolini (com seus fascistas), dentro do Bloco Nacional, elegeu 35 deputados, ou 6,5% do total. E em 30 de outubro de 2002, blefava e entrava em Roma, numa marcha "fake". No dia seguinte, era nomeado primeiro-ministro ocupando o vácuo criado pela despolitização "transformista".

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