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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

"Política de governo, imprensa e envolvimento"

Deu no "Ex-Blog do Cesar Maia":
1. É natural e desejado que os órgãos de imprensa tenham suas visões sobre o que devam fazer os governos. De forma explícita no editorial e de forma diluída no noticiário, manifestam suas ideias, apoiando, criticando, etc. No entanto, há uma linha tênue e perigosa sempre que um órgão de imprensa propõe de tal maneira uma política de governo, que esta passa a ser a sua linha editorial e de noticiário, sem distinção. A ênfase pode levar a que um governo a adote como forma de ter mais espaço neste órgão de imprensa.
2. Governos ditatoriais fazem o que acham e ainda censuram a imprensa que os contraria. Governos débeis e frágeis fazem num dia o que a imprensa recomendou ou criticou no dia anterior. Os governos devem estar sempre em uma faixa distinta, de respeito à liberdade de expressão, ao papel fundamental da imprensa na democracia e de autonomia, vendo, ouvindo e lendo as críticas e decidindo políticas próprias com independência.
3. Quando um órgão de imprensa passa a ser quem dita uma política pública, que é automaticamente assimilada por governos débeis e frágeis, corre um enorme risco de se envolver com as mesmas e justificá-las sempre. E num eventual equívoco, ver sua imagem e credibilidade afetadas. Por isso, o noticiário não deve reproduzir a lógica da comunicação política da repetição, da tematização, da focalização e do envolvimento com suas teses, ficando dependente das mesmas. Na política, o eleitor julgará a cada momento e poderá mudar a cada 4 anos.
4. No caso da TV, esse julgamento, a cada momento, é afetado pela audiência, o que dificulta a adoção sistemática de políticas operacionais de governo. Da mesma forma, em menor intensidade nas rádios, até porque as rádios de opinião e informação políticas operam hoje com baixa audiência. Da mesma forma a venda diária direta em bancas dos jornais populares, pois esses devem se renovar todos os dias a partir dos destaques de primeira página.
5. A história da imprensa escrita -a vida e morte de tantos jornais e revistas - mostra os riscos incorporados na adoção de uma linha onde o noticiário passa a ser um "editorial" sistemático e diário e vice-versa, reiterando a política pública induzida pelo órgão. Armadilha maior quando governos débeis e frágeis a adotam sem convicção e apenas para mais espaço favorável na mídia espontânea. E, naquele caso, a credibilidade de um órgão de imprensa enfrentaria dificuldades para reversão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Responsabilidade antes de mais nada e respeito à democracia, para se ter uma imprensa confiável,de ambos os lados. Mariana