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domingo, 26 de julho de 2009

"Barack Hussein e o racismo"

De Reinaldo Azevedo:
A popularidade de Barack Hussein está em baixa. Daqui a pouco, vai acontecer com ele a única coisa que não pode acontecer a um mito: ser tratado como um homem comum. Deixará de ser celebridade e de fazer discursos “históricos” antes da história para descer à terra, como um mortal. Para que Obama seja o Lula dos americanos, em permanente estado de graça, os EUA teriam de ficar na marcha batida em que estão por mais umas duas ou três décadas: falta ainda muito atraso aos EUA para alcançar o Brasil nesse quesito. Não que Obama não se esforce para ser o Lula americano, como veremos.
Um dos botões quentes da política a ser acionado quando a coisa aperta é e será sempre o racismo. E foi o que Obama fez ao esculhambar a Polícia por ter prendido um professor negro, confundido com um assaltante. Não por causa de sua cor, começa a ficar claro, mas porque ele arrombava a porta da própria casa. Uma vizinha acionou a polícia pensando ser um assaltante etc. Branco arrombando casa também é confundido com assaltante. A diferença é que o branco não tem o racismo a seu favor para intimidar as autoridades. Na versão endossada pelos politicamente corretos - não quer dizer que seja falsa por isso; mas também não quer dizer que seja naturalmente verdadeira -, o professor se identificou, mas o policial branco não quis nem saber: meteu o cara em cana. Na versão da polícia, que se dispõe a liberar uma gravação, não foi bem assim. O professor teria destratado o policial. Foi preso não por suspeita de arrombamento, depois da coisa esclarecida, mas por desacato. Um negro poder preso por desacato ou por qualquer outro motivo sem que seja racismo? Acho que sim, não?
Barack Hussein se pronunciou a respeito numa entrevista coletiva, chamando a prisão de “estúpida”. Começa a ficar claro que não tinha informação o suficiente para ser tão duro. Foi criticado por policiais do país inteiro. E deu uma de Obama: disse que havia exagerado nas palavras, quase se desculpando com a Polícia e com o policial. Obama é assim mesmo: está sempre modulando as próprias escolhas, dizendo que elas não são bem o que parecem ser. Pouco importa se está se referindo a um caso policial, a seu pastor ou a algum amigo de passado suspeito.
Certamente há racistas nos EUA, como os há em qualquer lugar do mundo. O racismo é uma das mais abjetas manifestações da política, esteja onde estiver, embale o discurso de quem quer que seja: brancos, negros, asiáticos, europeus… Uma coisa é haver racismo nos EUA. Outra é afirmar que o país é racista ou reagir como se ele fosse. A população de “afro-americanos” do país soma 13% - incluindo os vários graus de mestiçagem (os brancos são “euroamericanos”?). Sim, vocês entenderam direito: no Brasil, negros (6%) e mestiços (em torno de 42%) beiram os 50%; nos EUA, não passam de 13%. Mesmo assim, aquele país elegeu o que eles chamam um “afro-americano” — eu o chamo “mestiço”; lamento pela militância: Obama é tão negro (pai) quanto branco (mãe). O resto é politicagem racial. Ademais, se é a condição social que faz a cor, como dizem alguns, então ele é BRANCO!!! Só aceito contestação com base na lógica. Os furiosos me poupem do capim.
Pois bem. Mesmo com a eleição, então, do que eles consideram um “afro-americano”, o país parece condenado a provar que não é o que dá mostras evidentes de não ser. Se o discurso “identitarista” da militância negra fosse seguido também pelos brancos, os EUA jamais elegeriam um presidente negro. Só brancos chegariam ao poder. Obama, por óbvio, é a melhor evidência de que as coisas não se dão desse modo.
Sua declaração foi, claro, irresponsável e demagógica. Mas ele se dispôs a corrigir o malfeito. Como? Depois de falar com o sargento James Crowley (o “estúpido” em questão que, tudo indica, só fazia seu trabalho) ao telefone, disse que estava pensando em convidá-lo, junto com o professor, para tomar uma cerveja. Eu não sei se os EUA escolherão o atraso por mais uns 30 anos para, então, nos alcançarem politicamente. Mas Obama, sem dúvida, já descobriu a existência do método Lula de resolução de conflitos: “Tomar umas Brahma”, “dar as mão”, “caminhar junto”… Tem Sarney por lá?
Embora tenha feito um mea-culpa, tentou limpar a própria barra afirmando que o debate nacional sobre a sua fala prova que a questão racial “interessa a todo o país”. Ora, claro que interessa. Vai interessar sempre a qualquer país formado pela diversidade. Mas o caso em tela é outro: se o presidente dos EUA chama de “estúpida” a ação de um agente do Departamento de Polícia de Cambridge - e se o faz sem ter informações suficientes -, é claro que isso é, por si, notícia. Nem que a questão racial já estivesse totalmente superada.
Por enquanto, o titular da Casa Branca é notícia até quando mata uma mosca ou quando está escolhendo um cachorrinho. Mas isso pode acabar, Barack Hussein!!! Na atual toada, chegará o dia em que ninguém vai querer saber o que pensa e o que diz o presidente dos EUA.
E há um monte de países, da Rússia à Venezuela, passando pelo Irã, que conta com Barack Hussein para isso! Não sem motivos.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Qualquer semelhança, será mera coincidência?" Só faltou a pizza pra acompanhar a cerveja.

Mabel

Anônimo disse...

Se Obama não fosse um negro,talvez não fosse tão estúpido o que disse,acho,porque não estivesse assumindo uma discriminação racial,mas um provável despreparo da polícia local.Ainda assim,para um presidente,pegou mal,que deveria ter engolido em seco;ter se contido.Mariana

Anônimo disse...

Nossa,quase não entendi o que eu escrevi(hora do almôço...).Eu quis dizer que se fôsse um sujeito branco,o presidente,seu comentário iria parecer mais uma chamada de atenção ao despreparo dos policiais.Mas,em não sendo e como foi dito por ele,ficou parecendo uma atitude imbecil,igual à dos nossos políticos petistas que resolveram levantar esta bandeira da discriminação racial,digna de um petista da "Reparação Racial".Começa assim,daqui a pouco ele inventa as tais cotas prá tudo.Aos poucos,ele vai destruindo toda aquela imagem de grande estadista que até os nossos idólatras brasileiros invejavam.Mariana