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9 a 15 de maio - 14 - 17 - 20

domingo, 31 de maio de 2009

Sinopses dos livros finalistas

Os textos são de autoria do escritor Menalton Braff. A ordem é alfabética
Finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura 2009 - Categoria Melhor Livro do Ano

"Flores Azuis", Carola Saavedra, Companhia das Letras

Um homem acaba de se separar e em sua nova casa recebe uma carta cujo destinatário é o antigo morador. Não resiste à tentação e abre o envelope. Dentro há uma carta de amor. As cartas se repetem, transtornando inteiramente sua vida e interferindo em seu relacionamento com a ex, a filha e com a misteriosa remetente. Alternando as cartas com o relato em terceira pessoa do cotidiano e da perturbação mental do homem que as lê, "Flores Azuis" pode ser visto como uma atualização crítica do gênero do romance epistolar. Seu desfecho inesperado e vertiginoso instiga o leitor a construir novos nexos e imaginar toda uma outra história oculta.
Carola Saavedra: a jovem escritora nasceu no Chile, Santiago, em 1973, chegando ainda criança ao Brasil. Fez mestrado na Alemanha, morou na França e na Espanha, residindo, hoje, no Rio de Janeiro
"Acenos e Afagos", João Gilberto Noll, Record
Noll narra a história de um homem que abandona uma vida monótona para buscar sua verdadeira identidade e suas paixões - uma epopéia libidinal, como define, em certo momento, divertidamente, o personagem-narrador. Sem nenhum complexo de culpa ou busca de expiação, um corpo latejante e sensual dirige a narrativa perseguindo sua plenificação como entidade física. Sua prosa livre de qualquer embaraço, às vezes crua, muitas vezes humorística, criou para o autor um lugar bem claro na literatura brasileira contemporânea.
João Gilberto Noll nasceu em Porto Alegre, onde cursou Letras e trabalhou como jornalista e revisor. Algumas de suas obras foram adaptadas para o cinema. Foi agraciado com o APCA, diversas vezes com o Jabuti, tendo um de seus contos incluso na coletânea "Os Cem Melhores Contos do Século".
"A Viagem do Elefante", José Saramago, Companhia das Letras
Dom João III, rei de Portugal, recebe de Goa, via marítima, Salomão, um elefante, que provoca o pasmo e a admiração dos lisboetas, que espantados o viam pela primeira vez e não sabiam se se tratava do demônio ou de um de seus mensageiros. Mais tarde, por ocasião das núpcias do arquiduque Maximiliano II, da Áustria, o rei de Portugal, seu parente, pensa em dar-lhe um presente que seja raro e resolve enviar-lhe por terra o paquiderme. Carretas com água e pasto, soldados a cavalo, e um domador hindu, lá segue por meses e meses a caravana, tendo de atravessar boa parte da Europa para chegar a seu destino. As peripécias desta viagem, os obstáculos que enfrentam, isso é a matéria com que Saramago tece um de seus romances mais bem-humorados.
José Saramago, nascido no Ribatejo, interior de Portugal, em 1928, vive hoje na ilha espanhola de Lanzarote. Iniciou-se na literatura com o lançamento de "Terra do Pecado", em 1947, mas só se tornou conhecido 35 anos mais tarde, com "Memorial do Convento", 1982. É o único escritor da língua portuguesa a ser contemplado com o Nobel de Literatura.
"Milamor", Lívia Garcia-Roza, Record
Encontros e desencontros amorosos de várias mulheres, contados por Maria, uma mulher às vésperas dos 60 anos, que luta contra o envelhecimento e descobre no amor serôdio uma razão a mais de apego à vida. Os conflitos e desajustes com a filha, casada, divorciada, casada novamente, com quem vive, vão aos poucos sendo superados, ou melhor, tolerados. A narradora, Maria, usa uma linguagem elegante e sensível para tecer uma trama delicada e intimista da melhor qualidade.
Lívia Garcia-Roza, psicanalista carioca, estreou na ficção em 1995 com o romance "Quarto de Menina (Selo de Altamente Recomendável concedido pela Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil). Foi finalista de vários prêmios, como o Jabuti e Portugal Telecom.
"O Livro dos Nomes", Maria Esther Maciel, Companhia das Letras
Organizando seus personagens em ordem alfabética, de Antônio a Zenóbia, Maria Esther Maciel joga com o formato dos dicionários de nomes, descobrindo ou inventando etimologias, erigindo crenças, teorias e clichês para dissipá-los logo em seguida. Parece dizer que a vida não cabe nas classificações, escapando sempre pelas entrelinhas. Narrativa elíptica, fragmentada e concisa, "O Livro dos Nomes" multiplica seus sentidos e seu alcance humano à medida que a leitura avança. O leitor participa ativamente da composição desse mosaico que, como a própria vida, nunca fica pronto. Cada uma das personagens, e há uma para cada letra, aparece com suas idiossincrasias, com seus dramas e obsessões.
Maria Esther Maciel pertence a uma forte corrente de escritoras mineiras. Nasceu em Patos de Minas, em 1963, e hoje mora em Belo Horizonte, onde é professora e pesquisadora de Teoria da Literatura na UFMG. É poeta, ensaísta, contista e romancista, com vários livros publicados.
"Órfãos do Eldorado", Milton Hatoum, Companhia das Letras
No fundo do rio, a Cidade Encantada, livre de injustiças e maldade, é o sonho/crença dos povos ribeirinhos. Arminto Cordovil, narrador-protagonista, conta essa e outras histórias da Amazônia, matéria-prima preferencial do autor. A novela é o relato de sonhos de grandeza, homens que riem da morte enquanto constroem um mundo em que se disputa o poder com violência, e que vai iniciar sua decadência com o fim do fastígio da borracha e a consequente derrocada de empresas de transporte naval. O narrador vai entremeando as histórias gerais com seus dramas amorosos, numa linguagem límpida e atraente.
Milton Hatoum, um dos autores mais premiados da nova literatura brasileira, nasceu em Manaus em 1952. Em 1989, ano de sua estréia na literatura, conquistou o Jabuti com "Relato de um Certo Oriente". Seguiram-se mais dois Jabutis, além do Bravo!, APCA e Portugal Telecom. "Manual da Paixão Solitária", Moacyr Scliar, Companhia das Letras
Um Congresso de Estudos Bíblicos é o pretexto para que narradores como Shelá e Tamar desenvolvam de seus pontos de vista o que acontece com a família de Judá, o modo como Tamar se envolve com os três filhos do patriarca (Er, Onan e Shelá), incluindo a prática do onanismo, e como depois, por imposição dos costumes da época, entre hebreus, a bela Tamar conhece o próprio sogro e dele consegue um herdeiro. É o terceiro romance de Moacyr Scliar em que é explorada a história bíblica, o que se inicia com o premiado "A Mulher Que Escreveu a Bíblia". O estilo anafórico dá ao texto (e isso adequadamente) certo sabor barroco a António Vieira.
Moacyr Scliar, nascido em Porto Alegre (1937), o médico sanitarista, ex-professsor da UFRGS, desde os tempos de estudante viria publicar seus primeiros contos na imprensa de sua cidade. Várias vezes vencedor do Prêmio Jabuti, também já fez jus ao APCA e ao Casa de las Américas. É membro da ABL.
"Galiléia", Ronaldo Correia de Brito, Objetiva
Galiléia é o nome da fazenda de Raimundo Caetano e não é por acaso também o título da obra, que valoriza o espaço mítico onde se desenrolarão as principais ações como um dos elementos mais importantes da narrativa. É de lá que Ismael, Davi e Adonias um dia escapam pensando em jamais voltar. Vão viver em centros modernos, vão correr mundo, considerando a terra de origem como verdadeira maldição. Mas um dia devem voltar, e tudo aquilo de que fugiram, adultério, violência, dramas familiares, volta a se abater sobre os primos como um destino inelutável, portanto trágico. “Escrever é um ofício custoso. É necessário ler muito, aguentar o tranco da solidão, ser capaz de uma viagem interior e estar sempre aberto às novas experiências da escrita.”, como disse o autor.
Ronaldo Correia de Brito é médico de formação, autor teatral de sucesso, nasceu em 1950 no Ceará e vive atualmente em Pernambuco. Inicialmente contista, com livros bem recebidos pela crítica, resolveu aventurar-se no romance, segundo ele, por necessidade de mais espaço.
"Heranças", Silviano Santiago, Rocco
Remanescente da família Ferreira Ramalho, Walter, na velhice, escolhe o lugar onde quer ser enterrado, e volta, de Belo Horizonte, para o Rio de Janeiro. Em seu apartamento à beira-mar, Ipanema, ele começa a redigir uma espécie de testamento moral: as peripécias de sua vida de “filhinho de papai”, que, a partir da herança que lhe cabe, envolve-se em negócios e negociatas, até tornar-se imensamente rico. Machadiano em vários sentidos, o autor permeia seu texto com digressões reflexivas, numa linguagem rica em recursos retóricos, e, como o Bruxo do Cosme Velho, lança mão de fina ironia, metalinguagem e interlocução. O narrador é parente de Bentinho e de Paulo Honório nas razões de seu relato, e, como eles, é um clássico. Um périplo pelo Brasil de várias décadas é o “pano de fundo” para a narrativa.
Silviano Santiago (1936), um dos mais importantes ensaístas da contemporaneidade brasileira, o autor é também ficcionista, com romances, contos e poesia premiados, como Uma história de família, ganhador do Prêmio Jabuti de Romance em 1993.
"O Ciclista", Walther Moreira Santos, Autêntica Editora
Emocionante e surpreendente. Assim pode ser definido o livro "O Ciclista", obra premiada e com boa aceitação da crítica especializada. Segundo o autor, Walther Moreira dos Santos, trata-se de um livro sobre a beleza do perdão, da esperança e da compaixão. Com uma narrativa atraente, "O Ciclista" tem ingredientes capazes de conquistar e envolver o leitor que aprecia uma história bem contada, com personagens interessantes que se relacionam de forma intrigante e curiosa. É uma narrativa construída com a competência de quem conhece suas ferramentas. Segundo Maurício Melo Júnior, “aqui e ali surge algo realmente novo, onde a elaboração narrativa e até linguística não aparece como exigência de uma suposta vanguarda, mas como pressuposto da narrativa”. Ele refere-se a "O Ciclista".
Walther Moreira Santos nasceu em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, já publicou treze livros e conquistou dezenas de prêmios dos mais importantes do Brasil. Ele é dramaturgo, com várias peças encenadas e romancista.
(Com informações de Vanessa Guerreiro, Assessoria de Imprensa)

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