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domingo, 12 de outubro de 2008

O povo não é bobo

Carta ao Leitor da revista "Veja", edição que está nas bancas:

O primeiro turno das eleições municipais demonstrou, outra vez, que a esmagadora maioria dos brasileiros sabe, sim, votar, ao contrário do que ainda insistem em propalar os descrentes na democracia nacional (felizmente, poucos). A face mais evidente dessa capacidade de fazer boas escolhas foi a reeleição de prefeitos cuja administração primou pela austeridade fiscal e pela realização de obras de real interesse público. É o caso de Beto Richa, de Curitiba, que ganhou novo mandato com mais de 70% dos votos. Outro exemplo vem de São Paulo. Gilberto Kassab chega ao segundo turno com um índice de aprovação na casa dos 60%, o que o torna um dos políticos mais bem avaliados do país. Kassab só não será reeleito se ocorrer um cataclismo durante sua campanha. Um segundo fato a ser festejado foi a recusa dos eleitores em comportar-se como manada dirigida por políticos com altos índices de popularidade. Saiu machucada, enfim, a teoria de que uma personalidade carismática tem o dom de transferir votos até mesmo para um poste. Fernando Gabeira passou ao segundo turno, no Rio de Janeiro, depois de vencer um candidato bancado pelo governo federal mais aplaudido da história do Brasil. E, o que é melhor, Gabeira chega ao segundo turno com chance real de se tornar prefeito, o que seria o reconhecimento de sua intransigente defesa da ética na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Uma reportagem da presente edição de VEJA mostra mudanças também na topologia partidária. O PMDB, esse caldo que mistura alhos e bugalhos, continua o mais votado do Brasil. O PT, um partido gestado nos grandes centros urbanos, desta vez viu-se mais apoiado nas regiões mais distantes, impulsionado pela farta distribuição de dinheiro dos programas assistencialistas do governo federal. Embora tenha conquistado mais prefeituras do que quatro anos atrás, não houve a "maré vermelha", como anunciavam os petistas. Não basta para um partido – qualquer um – contar só com a força de um presidente da República bem avaliado e simpático. É preciso muito mais. O povo não é bobo.

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