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domingo, 19 de outubro de 2008

O nome do criminoso

Texto extraído do Blog Reinaldo Azevedo:
Tudo indica que a polícia diz a verdade quando afirma que invadiu o apartamento em que o tal Lindembergue Alves mantinha reféns Eloá, a ex-namorada, e Naiara, sua amiga, depois de ouvir o primeiro tiro - justamente o disparado contra a cabeça da primeira garota, provavelmente à queima-roupa. Muito bem. Sugiro que façam agora uma espécie de média de tudo o que tem sido noticiado.
Uma linha de acusação contra a polícia: demorou demais; deveria ter invadido antes. Outra linha: foi precipitada e atabalhoada ao invadir - nessa hipótese, sem qualquer evidência em contrário, duvida-se da versão dos policiais de que a invasão foi determinada pelo primeiro disparo. Houve erro? Parece que sim: a volta de Naiara ao cativeiro jamais deveria ter acontecido. A Polícia sustenta que ela recebeu autorização para se aproximar e manter uma conversa com o Lindembergue e Eloá, não para voltar ao apartamento. Minimiza, mas não desculpa. Convenham: ela já não tinha mais nada a fazer por ali. De toda sorte, ela está fora de perigo. O quadro de Eloá, segundo os médicos, é de morte cerebral. E é este suposto “erro” o que mais mobiliza os críticos - e tanto pior será quando ela for declarada morta.
O rapaz, que saiu ileso das coisas miseráveis todas que fez, é preservado também no noticiário, e sua versão está circulando nos jornais - só teria atirado depois da invasão. A ela, nota-se, dá-se uma credibilidade superior à versão da polícia. O Brasil é assim: ama os seus bandidos, os seus algozes. A imprensa, em particular, tem uma espécie de tara para santificar o crime e os criminosos.
A polícia poderia ter matado Lindembergue nas vezes em que apareceu à janela? Talvez. E não estaria sendo agora menos atacada se o tivesse feito. Mais um filme estaria em curso, é provável, com patrocínio das estatais, poetizando a bandidagem e fazendo sociologia barata sobre as origens econômicas da violência etc e tal... Já conhecemos isso tudo, não é mesmo?
Seria prudente esperar a divulgação das gravações para saber por que se esperou tanto, com a invasão do apartamento sendo decidida só depois de ouvido o primeiro tiro. Acho que a sociedade paulista deve isso ao GATE em razão de seu histórico de eficiência em operações delicadas - um dos mais altos do mundo. Que Lindembergue estivesse disposto a tudo, já sabemos; isso, nós vimos. Hipóteses mirabolantes surgem: “Por que não se pôs sonífero na comida?” Porque, em qualquer filme B, até em comerciais de televisão, há a dica óbvia: ele poderia forçar as meninas a comer primeiro e... Tinha-se, parece, o perfil de alguém disposto a tudo.
Desfechos em casos assim não costumam ser felizes em nenhum lugar do mundo, lembrou Rodrigo Pimentel, ex-comandante do BOPE, no Rio, outra unidade de elite conhecida por sua eficiência. A algaravia circense que se montou no prédio nos longos cinco dias de seqüestro - e parece que os leitores entendem que a imprensa deve rever seus procedimentos em casos assim (ver texto de ontem, com mais de 200 comentários) - faz-se agora no terreno das especulações. E a polícia foi eleita a vilã - como de hábito no país.
Segundo os médicos, infelizmente, não há mais esperanças para Eloá. O nome do criminoso é Lindembergue Alves, não o GATE.

Um comentário:

Anônimo disse...

19/10/2008 - RAIO X DE UM CRIME: ELOÁ FOI VÍTIMA DE QUEM?
166 – SEGURANÇA PÚBLICA – (de Uberlândia – MG) Este caso policial que envolveu as garotas Eloá Cristina Pimentel e Nayara Silva, ambas de 15 anos, e o também jovem Lindemberg Alves, com certeza teve uma motivação passional patológica; ninguém fica transtornado de uma hora para a outra e mantém-se na loucura de assumir o superego por tanto tempo; Lindemberg Alves possui um distúrbio psicológico gravíssimo, podendo ser considerado como um megalômano compulsivo, com transtornos de bipolaridade, segundo detalhes de entrevistas de seus próprios amigos.

O fato do garoto (nem tão garoto assim) Lindemberg Alves ter sido considerado um sujeito calmo e amigo, não o rotula como um modelo social a ser seguido; trabalhador, sem antecedentes criminais e morador de uma zona pobre da Grande São Paulo, o homicida e seqüestrador começou a assediar a garota Eloá quando ela tinha apenas 12 anos de idade; vindo a conseguir algo mais consubstanciado um ano mais tarde, ainda segundo depoimentos; desde então, quando ele teve a aprovação familiar da jovem morta como sua namorada, começou a disputar a atenção dela de modo agressivo e crônico; eles foram vistos inúmeras vezes aos tapas e o rapaz tido como calmo para os amigos, ameaçava a jovem quase todos os dias de seu namoro, inclusive de morte. O comportamento de Lindemberg sempre foi violento com a Eloá e ninguém tomou uma providência mais enérgica para sucumbir tais agressões.

Em pouco mais de dois anos e meio de chamego instável, ela rompeu o enlace amoroso por pelo menos dez vezes, pelo menos foi o que a imprensa divulgou; isso por si só já não é normal; existia uma anomalia grave entre o casal e mais uma vez, ninguém adotou medidas enérgicas no sentido de orientá-los para uma possível gravidade futura, o que veio a ocorrer na ultima semana, culminando com a morte da jovem, o ferimento de outra e um batalhão de policiais servindo de babás, torrando o dinheiro público numa ação medíocre e ineficaz.

Dizer que este moço era uma pessoa normal é uma ignomínia, um disparate e uma tentativa frustrada de defendê-lo; Lindemberg Alves sempre foi um desequilibrado mental que assumia um papel de bom moço perante a sociedade que o acolhia; na verdade, era o superego agindo em detrimento de uma situação confortável dele estar apaixonado por uma menina bonita, tida na comunidade como sendo de boa família, o restante, além disso, é o que todos já sabem; ele sempre se comportou como um canalha, prepotente, covarde e machista; ameaçava a Eloá sempre que ela movia-se contra ele, principalmente quando ela iniciava uma ação de término do namoro. O fato de ele trabalhar e se promover na comunidade como alguém pacífico, nada mais era, do que uma obrigação de todos e esta coisa de dizer que eles moravam numa comunidade pobre, também não o qualifica como um impudico por esta condição financeira; se todos que moram numa comunidade pobre fossem criminosos, estaríamos em maus lençóis.

Outro fator que ninguém discerniu é o de Eloá, uma criança perante a Lei, ter uma família vivendo com ela, aceitando durante todos estes anos os ataques de cólera e de prepotência; as informações que vieram pelo Orkut é que o casal mantinha relações íntimas e todos da comunidade sabiam, ainda assim, a família da moça sequer adotou uma atitude mais séria para por freios nas circunstâncias absurdas que poderiam ocorrer; Lindemberg sentiu-se soberano, forte perante os fatos e acabou, depois de uma descarga de endorfina violenta, programando a compra de uma arma, depois, comprando dezenas de projeteis sobressalentes.

No ato da compra da arma, ele já sabia que mataria Eloá, portanto, o crime já pode ser tipificado como PREMEDITADO; ninguém em dias atuais compra uma arma para assustar outra pessoa; no caso de Lindemberg, ou ele comprou a arma para matá-la ou estaria preparando um assalto, o que é pouco provável diante das evidências de idoneidade; quando ele comprou a arma e incumbiu-se de armazenar dezenas de balas, ou estava preparando uma chacina ou queria matá-la, com requinte de crueldade, com vários tiros; é aí que se aplica o princípio da megalomania, ele quis sim promover algo grandioso, com muitos tiros. Estudos psiquiátricos recentes feitos com criminosos desta categoria mostram que, diante das evidências do caso, é quase certo que ele queria maltratá-la e em seguida, matá-la com muitos tiros, para que não ficassem dúvidas quanto à morte; por mais grosseiro que possa parecer, é assim que pensa o assassino frio e calculista; normalmente, eles têm raios de arrependimento, mas sentem-se tranqüilos por saberem que aquela mulher não será de mais ninguém!

Do ponto de vista criminológico brasileiro, Lindemberg Alves está “no pau da goiabeira”; homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado, porte ilegal de arma de fogo, seqüestro de quatro pessoas, perturbação da ordem pública, além de ter atirado claramente em direção de jornalistas e policiais; falar da pena que ele poderá pegar neste caso é uma asneira, afinal de contas, será iniciado o inquérito policial para em seguida, a propositura da ação penal pública, mas, menos de 30 anos de pena, é impossível.

A AÇÃO POLICIAL

São Paulo, o Estado, vive um caos com a greve da polícia civil e a polícia militar, adequada para este tipo de ação, não deu ao caso a importância devida ou não mensurou o coeficiente de gravidade; em poucos momentos da história uma ação policial permitiu 100 horas de negociação com um seqüestrador visivelmente amador, burro e nada criativo. Era de se esperar que ele, além de trancar a porta do apartamento, a escorasse com móveis, para impedir uma ação de assalto; era de se esperar que ele fosse mandar as garotas provarem a comida antes de ele comer, mas depois que ele negociou o restabelecimento da luz por um refém e exigiu comida em troca de outras regalias, qualquer um, até mesmo os não especialistas, sabiam que ele estava vulnerável por bobagem.

O assassino apareceu várias vezes na janela sem a proteção das reféns e ninguém de elite estava a postos com um fuzil; nenhum médico foi consultado para dosar um calmante capaz de sedar as vítimas e o criminoso. A polícia americana utiliza calmantes capazes de sedar as pessoas muitos minutos após a sua ingestão, ou seja, mesmo que as duas adolescentes comessem antes a comida com remédio, elas ficariam tranqüilas por vários minutos até caírem em sono profundo, o seqüestrador não esperaria tantos minutos para comer também e com certeza ficaria sedado, dando condições para a polícia arrombar o apartamento e a história ter um desfecho menos doloroso.

Tudo isso é subjetivo, mas na mesma linha do sedativo, a água do prédio poderia ter passado por uma situação similar, uma vez que todo o conjunto habitacional estava disponível para o caso e caso ele só aceitasse água mineral, o mesmo seria feito com ela. Não foi utilizado as micro câmeras que penetram em frestas minúsculas para supervisionar ambientes de crimes, muito menos os radares de microondas capazes de monitorar pelo calor do corpo e escutar pelas paredes, enfim, a polícia ficou num tremendo lero-lero com um imbecil assassino que matou uma garota em início de vida e aterrorizou uma comunidade inteira.

A polícia militar pode não ter tido a responsabilidade pela morte de Eloá, mas com certeza, se lidassem mais com a inteligência, poderiam ter evitado este óbito; se matar Lindemberg com atiradores de elite seria uma brutalidade, mais brutal foi ter permitido que a Eloá morresse no lugar dele.

Fica aí, infelizmente, como exemplo para os milhares de pais e mães que acolhem namorados inescrupulosos dentro de suas casas, normalmente induzindo que garotinhas com menos de 10 anos mantenham relacionamentos aberrantes, muitas vezes induzidos pelos próprios pais das crianças do sexo feminino; tudo no início parece uma brincadeira de infantes e quando não acaba em gravidez precoce, acaba em violência e morte. Antes de acolherem estas pessoas em suas casas, conversem mais com seus filhos, orientem-nos no sentido de que coisas absurdas podem acontecer no caminho de um relacionamento; se os pais não reúnem condições pedagógicas de fazê-lo, procurem ajuda, seja de um médico (quando puderem) ou um amigo mais experiente, mas jamais permitam ver e escutar climas pesados entre os namorados de seus filhos, sem a devida intervenção.

Na finalização deste caso lúgubre de Santo André, dano claro para a família de Eloá que terá que sepultá-la aos 15 anos, lesão clara para a família de Lindemberg que passará pela humilhação de encarar a sociedade e de visitá-lo pelos próximos 20 ou 30 anos numa cadeia imunda; detrimento para a comunidade de Santo André que teve dias de trovão e prejuízo para o Brasil, que verá mais um delinqüente frio ser afeiçoado dentro do sistema problemático prisional; se Deus e os médicos permitirem a cura desta moléstia grave, este rapaz sairá um dia, capacitado para o reingresso social, senão, teremos mais um teratologia revoltada que sairá (se sair vivo) da cadeia e aterrorizará a todos com aquilo que aprendeu e se doutorou.

Até o momento eu não discerni direito se Eloá foi vítima do Lindemberg, de sua família, da polícia impávida diante do acontecimento ou de sua própria parcimônia em aceitá-lo sempre depois das brigas e confusões; ele atirou e tirou sua vida, mas pode sim não ser o único culpado!


Deus Salve o Brasil, se Ele puder!


Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br

Fotos: Publifolha