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domingo, 19 de outubro de 2008

Caetés é aqui, não lá

Artigo de Diogo Mainardi, na "Veja" desta semana:
Caetés. Os Estados Unidos se transformaram numa Caetés. Olhe o mandacaru em Columbus, Ohio. Olhe o retirante em St. Louis, Missouri. Olhe o menino morto de fome no estacionamento do Wal-Mart em Pueblo, Colorado.
Nas últimas semanas, os americanos passaram a protagonizar um romance sertanejo. Eles choramingam melodramaticamente o tempo todo, reclamando da própria miséria: nas ruas, na imprensa, nos debates eleitorais. Como acontece em Caetés, está muito complicado pagar em dia a hipoteca da segunda ou da terceira casa. Como acontece em Caetés, está muito complicado encher o tanque do segundo ou do terceiro carro. Cada vez que o Dow Jones cai 700 pontos, aumenta o desejo dos americanos de encontrar um coronelzinho que cuide deles direito. É o que Barack Obama oferece ao Fabiano e à Sinhá Vitória dos Estados Unidos: um carro-pipa para distribuir caridosamente planos de saúde, usinas eólicas e bolsas de estudo em Harvard.
Alguns dias atrás, o presidente iraniano, Mahmoud Ahma-dinejad, anunciou o fim do capitalismo. É um retorno a Bucareste, 1965. Num lugar em que falta carne, em que falta sabonete, em que falta gasolina, o tirano ainda promete triunfar sobre o império americano. Além dos iranianos, dos venezuelanos, dos indianos, dos coreanos e dos brasileiros, os próprios americanos compraram a idéia de que os Estados Unidos caminham rapidamente para a ruína. Um editorialista do Washington Post reconheceu os sinais da derrocada do modelo americano. E uma editorialista do New York Times publicou um artigo todinho em latim, estabelecendo um paralelo com o fim do império romano. Para ela, George W. Bush só pode ser um Nero dos novos tempos. Sarah Palin, uma Pompéia. Barack Obama, um Adriano.
Nicolas Sarkozy também participou do cerco aos Estados Unidos. Ele é Alarico I. Depois de se reunir com os líderes de outros países europeus, ele sugeriu reformar o sistema financeiro global, com a finalidade de criar o "novo capitalismo". O que diferencia o novo capitalismo do velho capitalismo? O novo capitalismo é – como dizer? – menos capitalista. Segundo Nicolas Sarkozy, o sistema financeiro, em vez de pensar somente em acumular dinheiro, tem de passar a favorecer o bem-estar coletivo. Nessa nova ordem mundial, os americanos, depauperados e subalternos, precisam aprender a gerir a economia com Guido Mantega.
Em 4 de novembro, os Estados Unidos escolhem o presidente. Uma parte dessa histeria pré-fabricada, eleitoreira, se dissipará. Os americanos devem retomar rapidamente o comando. Quem sabe decidam até bombardear as usinas nucleares iranianas. Chega de mandacarus em Ohio. Chega de retirantes em Missouri. Chega de meninos mortos de fome em Colorado. Caetés é aqui. Caetés é nossa. Ninguém pode tomá-la de nós.

Um comentário:

Anônimo disse...

Prefeito cria situações delicadas para petista


Tribuna da Bahia
Notícias
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No debate de ontem na TV Record os prefeituráveis voltaram a repetir questões de confrontos anteriores.Num determinado momento, João Henrique questionou o fato de o PT permanecer no seu governo durante mais de três anos, ocupando quatro secretarias e mais de 200 cargos de confiança e de repente abandoná-lo.
Pinheiro relatou os auxílios que a capital recebeu através do então ministro do Trabalho e hoje governador Jaques Wagner, a exemplo da ligação Iguatemi Paralela e da instalação do Samu 192. “Fizemos a nossa parte”, afirmou Pinheiro. Já João relembrou o caso Neylton, servidor assassinato na Secretaria de Saúde e da responsabilidade da morte atribuída a duas petistas então em cargos de confiança e que foram afastadas imediatamente após o episódio. João criticou a “má vontade” da Conder na realização de serviços essenciais da cidade, inclusive a conclusão das obras do Estádio de Pituaçu, que vem sendo protelada repetidas vezes,além da obra de Amaralina, que se arrasta há mais de um ano. O prefeito chegou a solicitar a demissão da presidente da Conder, Maria Del Carmen.
Pinheiro disse que o atraso de muitas das obras se deve à demora na liberação dos alvarás para a sua construção, citando os exemplos das barracas de praia e do Hospital do Subúrbio. João perguntou a Pinheiro sobre a importância do apoio do PMDB aos governos estadual e federal. Pinheiro respondeu que as parcerias são fundamentais e que outros partidos participam dessa aliança tanto com Lula quanto com Wagner. Pinheiro reclamou da falta de funcionamento regular dos postos de saúde do município, mas João explicou que isso ocorre, em alguns casos, porque os médicos têm reclamado da falta de segurança pública, um serviço essencialmente de responsabilidade do governo do Estado.
Disse ainda que a medicação básica não falta nos postos em função do processo de informatização geral implantado pela prefeitura.


Emissora decidiu por cancelar o debate



No dia 9 de julho, a TV Aratu enviou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) documentação sobre o acordo com os representantes dos candidatos a prefeito de Salvador para a realização de um debate no segundo turno das eleições, no dia 19 de outubro, ontem. Como houve coincidência da data com a programação da TV Itapoan, foi criado um impasse sobre a realização dos dois debates nas duas emissoras. Até às 18 horas de ontem - horário que estava previsto o debate na Aratu após novas reuniões -, os candidatos ainda não sabiam o que fazer.
A coordenação da campanha do prefeito João Henrique, candidato do PMDB, acionou a Justiça Eleitoral para que o debate da TV Aratu fosse mantido no horário de 21h30. De acordo com o publicitário Maurício de Carvalho, a emissora descumpriu um termo de compromisso e antecipou o debate para as 18 horas, mas não foi aceito pela equipe de coordenação do prefeito. Mesmo com a notificação da Justiça, o diretor da Aratu, Ney Bandeira, ficou irredutível inicialmente, mas, diante da falta de acordo entre as coordenações dos dois candidatos, foi obrigado a recuar.
Enquanto a confusão se desenrolava nos bastidores, os candidatos aguardavam a decisão das duas emissoras. O presidente do PMDB, Lúcio Vieira Lima, recorreu à decisão da Justiça para explicar a decisão do seu candidato. “O prefeito vai cumprir o que foi acordado entre a emissora e as duas campanhas e o que foi determinado pela Justiça”, afirmou Lúcio. Já o candidato do PT, Walter Pinheiro, chegou a comparecer à sede da TV Aratu, na Federação. A coordenação da campanha de Pinheiro ficou surpresa com a alteração do horário para as 21h30. “É uma surpresa, mas estamos preparados para tudo”, revelou o assessor de marketing Fábio Lima.
Diante do impasse, a direção da TV Aratu distribuiu uma nova nota, anunciando o cancelamento do debate: “Em respeito a você, nosso telespectador, a emissora alterou o horário das 21h30, anteriormente acordado, para as 18h. Infelizmente, não houve acordo para a alteração do horário pretendido pela TV Aratu. Ref?=d??E???C?:orçamos o nosso compromisso de oferecer o melhor produto, como aconteceu com o nosso debate realizado no primeiro turno das eleições deste ano. Diante dessa impossibilidade, cancelamos a realização do debate de hoje com os candidatos a prefeito de Salvador”.
Após a decisão de cancelar o debate, a direção da TV Aratu avisou, através do apresentador Casemiro Neto, que seria o mediador, que o evento foi cancelado por falta de consenso entre a emissora e as coordenações de campanhas dos candidatos. (Por Evandro Matos)


Confronto e saia justa marcam discussões



O terceiro bloco do enfrentamento, onde o prefeito se mostrou bastante preparado, deu vez a um festival de “saias justas” protagonizadas pelo petista Walter Pinheiro. A sucessão de polêmicas começou quando o peemedebista questionou ao adversário de que forma avaliava os dois mandatos do tucano Antonio Imbassahy, destacando os problemas entre ele e a deputada Lídice da Mata (PSB), vice da coligação “Salvador, Bahia, Brasil”.
“Não pegamos o passado de Imbassahy. Quem perseguiu Lídice foi o DEM. Trouxemos o PSDB como aliado do governo do Estado, partido que por sinal já fez parte da administração municipal. Fizemos alianças com gente do bem”, respondeu Pinheiro. Na tréplica, sem deixar por menos, o prefeito disparou: “Desde quando gente do bem bate em camelô, recolhe mercadoria e demite mais de cinco mil funcionários sem pagar FGTS?”. Sem responder Pinheiro girou a metralhadora contra o prefeito e a aliança com o DEM. Aliança esta, diga-se de passagem, que o PT de olho na vitória, assim como o PMDB, tentou trazer para o seu lado há poucos dias. “João trocou gente de bem pelo DEM”, disse.
Na sua oportunidade de pergunta, Pinheiro acabou por atirar no próprio pé. “Todos nós sabemos que para se continuar parceiro dos governos federal e estadual, é necessário por parte do gestor uma boa capacidade de articulação. No entanto, pude constatar hoje (ontem) que as contas do Ciaf estão no vermelho, o que pode atrapalhar e muito este processo. O senhor sabe como resolver esse problema?”.
De forma enfática o prefeito disse que: “Eu também consultei hoje (ontem) o Ciaf e o governo da Bahia também está devedor. O senhor acha que por conta disso, assim como o senhor me chamou, o governador também é incompetente?”. Como resposta Pinheiro apenas disse que o prefeito mais uma vez iria transferir a responsabilidade ao invés de resolver o problema. Num determinado momento João chegou a dizer que o ciúme das muitas parcerias dele com o presidente Lula tem levado o candidato petista à ira.
Por fim, dizendo-se satisfeito quanto ao número de perguntas, João conclamou a Pinheiro que fizesse uma reflexão das inúmeras obras feitas por ele, inclusive aplaudidas pelo PT nos seus 40 meses como aliado. Novamente sem responder, o petista se desvirtuou da questão e voltou a bater na adesão do Democratas com a candidatura do PMDB. “Me referi e quero voltar a me referi que ele está levando consigo todo o passado que a Bahia havia enterrado”. (Por Fernanda Chagas)


PMDB esclarece cancelamento



No intuito de evitar interpretações distorcidas da polêmica gerada em torno da realização dos debates da TV Itapoan e TV Aratu, a coordenação da campanha do PMDB esclarece que o que faltou, na verdade, foi um entendimento entre as duas emissoras, que queriam fazer um debate em horários que se chocavam.
Quando ficou decidido o debate da TV Itapoan para as 20 horas, a TV Aratu optou por realizar o seu às 21h30. Na última sexta-feira, foi realizada uma reunião na TV Aratu, com a participação de representantes das duas coligações e da direção da emissora, ficando definido o horário das 21h30, o que foi registrado em ata assinada por todos os participantes da reunião. A reunião durou cerca de três horas e o maior impasse nem foi em torno do horário, mas quanto à participação de perguntas de jornalistas e de pessoas do povo, com o que o representante do PT não concordou sob nenhuma hipótese, apesar da concordância do PMDB. Surpreendentemente, após o encerramento da reunião e com a ata já assinada por todos, o diretor da TV Aratu, Nei Bandeira, entrou novamente em contato com a coordenação da campanha do PMDB para comunicar que havia antecipado o horário do debate para as 18 horas, com o que a assessoria de João Henrique não concordou, mesmo porque ele já havia marcado encontros importantes na sua agenda para este horário.
Como o PMDB foi pego de surpresa com o anúncio publicado nos jornais pela TV Aratu confirmando o debate para as 18 horas, à revelia da posição do PMDB, o partido entrou na Justiça Eleitoral solicitando a manutenção do horário acordado entre as partes, medida que foi deferida em caráter de urgência pelo juiz Almir Pereira de Jesus, da 5ª Zona Eleitoral, e imediatamente comuni-cada à emissora, que optou por cancelar o debate.
Estamos encaminhando, por fax, cópia de todos os documentos assinados pela coligação Força do Brasil em Salvador com a TV Aratu e a decisão do juiz eleitoral da 5ª Zona Eleitoral, Almir Pereira de Jesus, que garante a realização do debate às 21h30.


Mesmo sabendo da suspensão, petista foi a debate na Aratu



O debate da TV Aratu deste segundo turno das eleições municipais, que aconteceria ontem, às 18 horas, não pôde ser realizado porque o candidato do PMDB não compareceu à emissora, ao contrário de Walter Pinheiro, que estava no local no horário acordado. Pinheiro chegou à emissora às 17h30, acompanhado de sua vice, Lídice da Mata, de sua esposa, Ana, do deputado federal Nelson Pelegrino, do presidente do PSDB, Nestor Duarte, dos secretários estaduais Rui Costa (Relações Institucionais) e Robinson Almeida (Comunicação), representantes de PPS, Miguel Kertzman, PV, Ari da Mata, e PCdoB, vereadora Olívia Santana, além do coordenador de marketing da campanha, Sidônio Palmeira, e do ex-deputado Emiliano José. O petista lamentou a ausência do adversário e lembrou que o debate é fundamental para a cidadania, portanto, ao deixar seu adversário de comparecer ao debate, é a cidade quem perde: “É lamentável. Espero que em outro momento a gente possa discutir as propostas que interessam ao eleitor”, afirmou.
Pinheiro não quis julgar a atitude do adversário: “Não faço julgamento de caráter pessoal”. Ele disse que o que quer é continuar discutindo propostas e cumprindo os acordos, como sempre fez na vida pública. No entanto, seus correligionários não pouparam críticas: “João, fujão!”, assim definiu Miguel Kertzman, do PPS, afirmando que o peemedebista tem medo do debate, e que não precisaria tanto desgaste, por dizer somente na hora que não participaria. O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) considerou um desrespeito com o eleitor e disse que “quem quer debate não escolhe hora nem lugar”.