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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

16 de Outubro - Dia Mundial da Alimentação e Dia do Engenheiro de Alimentos

Por Tiago Motta

Alimentar-se não é somente uma necessidade, é também um prazer cultivado e apreciado desde a origem da humanidade. Cada povo desenvolveu seus hábitos alimentares em função de suas características próprias (agricultura, clima, geografia, cultura etc), aproveitando-se da variedade de alimentos disponíveis, desenvolvendo novas tecnologias de produção, beneficiamento e conservação que pudessem proporcionar qualidade e satisfação além de contornar um problema básico: a perecibilidade.
O objetivo do Dia Mundial da Alimentação é conscientizar o conjunto da humanidade sobre a difícil situação que enfrentam as pessoas que passam fome e estão desnutridas, e promover em todo o mundo a participação da população na luta contra a fome. Todos os anos, mais de 150 países celebram este evento.
A fome constitui grande problema ainda hoje, em pleno século 21. A alimentação é necessidade básica, mas milhões de pessoas em todo mundo continuam não tendo acesso a ela. Estudos da FAO e de órgãos dos EUA demonstram que o problema da fome mundial está relacionado à má distribuição de alimentos e concentração de renda e não com a escassez de produtos. Neste contexto, os engenheiros de alimentos apresentam-se como profissionais comprometidos em minimizar ao máximo as perdas e desperdícios dos alimentos, almejando sempre a qualidade e a segurança alimentar.
Atualmente a profissão de engenheiro de alimentos está muito difundida, principalmente nos países mais industrializados, onde desempenha cada vez mais atividades relacionadas com excelência. A Engenharia de Alimentos é uma área de conhecimento específica capaz de englobar todos os elementos relacionados com a industrialização de alimentos, e que pode através do profissional com esta formação, potencializar o desenvolvimento deste ramo em todos os níveis; seja na formação de profissionais, no subsídio à elaboração de políticas, nos projetos de pesquisa, na atuação dentro das empresas do setor, como na colaboração à preservação da saúde pública (normatização técnica, orientação e fiscalização).
Além da formação básica (Ciências Exatas e Biológicas), este profissional, tem em seu currículo disciplinas da área de Ciências Humanas, visando introduzir os conceitos administrativos para as atividades gerenciais. Podem atuar: na especificação dos padrões de qualidade para os processos (desde a matéria-prima até o transporte do produto final), planejamento e implantação de estruturas para análise e monitoramento destes processos, e treinamento de pessoal para a prática da qualidade como rotina operacional; no desenvolvimento de produtos e tecnologias com o objetivo de atingir novos mercados, redução de desperdícios, reutilização de subprodutos e aproveitamento de recursos naturais disponíveis; no planejamento, execução e implantação de projetos de unidades de processamento (“Plant layout”, instalações industriais, equipamentos), bem como seu estudo de viabilidade econômica; utilizando o conhecimento técnico como diferencial de marketing na prospecção e abertura de mercados, na assistência técnica no desenvolvimento de produtos junto aos clientes e apoio à área de vendas.
O profundo conhecimento do engenheiro de alimentos sobre o alimento e suas alterações bio-fisico-químicas, o diferencia de outros profissionais que, apesar de conhecerem sobre plantio de vegetais, ou criação e sanidade de animais ou de processos industriais não possuem em sua grade curricular estes conhecimentos específicos e principais para o controle de processo.
Considerando que hoje existem cerca de 60 faculdades espalhadas pelo Brasil, a Engenharia de Alimentos pode contribuir bastante para o desenvolvimento sócio-econômico do país, além de promover a inclusão social como conseqüência da geração de empregos.
Em Feira de Santana, o curso de Engenharia de Alimentos, que foi implantado na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) em 1999 visando o uso da tecnologia na conservação e aproveitamento das matérias primas do semi-árido, possui uma estrutura de 13 laboratórios utilizados exclusivamente para o ensino e pesquisas direcionadas à qualidade e ao processamento de produtos como mandioca, leite de cabra, cacau, pescados, frutas do semi-árido, etc. Até o presente momento, cerca de 90 profissionais engenheiros de alimentos se formaram na Uefs.
FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO DE ALIMENTOS
A Engenharia de Alimentos é uma profissão de caráter multidisciplinar. Abrange diversas áreas do conhecimento humano, mas especialmente duas :
Ciências Exatas (Engenharia)
. Matemática Aplicada
. Físico-Química
. Termodinâmica
. Operações Unitárias
Ciências Biológicas (Alimentos)
. Bioquimica
. Microbiologia
. Nutrição
. Matérias Primas
Esse caráter multidisciplinar da profissão é conseqüência do tipo de informações necessárias para o domínio da tecnologia de processamento dos alimentos. É preciso conhecer com profundidade os alimentos:
· os diferentes tipos (carnes, frutas, hortaliças, laticínios, grãos etc.),
· sua composição (proteínas, açúcares, vitaminas, lipídios etc.)
· sua bioquímica (reações enzimáticas, respiração, maturação, envelhecimento etc.)
· sua microbiologia (microorganismos característicos, deterioração etc.)
· características sensoriais (sabor, textura, aroma etc.)
e as diversas técnicas e processos:
· beneficiamentos ( moagem, extração de polpas, de sucos, de óleos etc.)
· tratamentos térmicos( pasteurização, esterilização, congelamento etc.)
· tratamentos com remoção de umidade (liofilização, secagem, desidratação etc)
· biotecnologia ( fermentação , tratamentos enzimáticos etc.)
· emprego de ingredientes e matérias-primas
para promover a correta interação entre processo x alimento visando:
· controle das condições que proporcionam os padrões de qualidade desejados;
· a evolução de técnicas tradicionais;
· e a viabilização de produtos inéditos no mercado.
Tiago Motta é formando em Engenharia de Alimentos pela Uefs e faz estágio na Nestlé

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