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No Domingo de Páscoa

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domingo, 4 de maio de 2008

Raças humanas não existem

Postagem do Blog Reinaldo Azevedo:
A loucura brasileira 4 — O dia em que baiano virou “raça”
Leitores pedem que eu comente a afirmação do baiano Antônio Dantas, coordenador do curso de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), segundo quem o desempenho ruim dos estudantes no Enade se deve ao “baixo QI dos baianos”, com a emenda: “O baiano toca berimbau porque só tem uma corda. Se tivesse mais [cordas], não conseguiria". Comentar o quê? Não sei o que é mais patético: a fala do homem ou as acusações de racismo que lhe fez o reitor. O Ministério Público Federal também vai investigar se houve “discriminação racial ou de procedência”.
Começo pelo professor. Ele é o coordenador do curso que teve desempenho sofrível. A culpa é dos alunos? Do Olodum? E o que dizer das universidades federais de Alagoas, Pará e Amazonas, que ficaram com o mesmo conceito: 2? Nesses estados, não há berimbau pra atrapalhar. Culpar quem o quê? O carimbó? O boto cor-de-rosa? Se as universidades dispõem da infra-estrutura adequada para funcionar, tudo tem de ser revisto, não é? Já que Dantas não pode trocar de povo, ele vai ter de trocar de método. Da seleção de alunos à de mão-de-obra, passando pelo currículo que está sendo ministrado, tudo tem de ser reavaliado. Dito isso, vamos adiante.
A acusação de racismo é um estupidez. “Baiano”, agora, é raça? Sou um dos 113 que subscreveram a carta dos cidadãos anti-racistas contra o racismo entregue ao STF. O documento se opõe à política de cotas nas universidades. E diz com clareza: “Raças humanas não existem. A genética comprovou que as diferenças icônicas das chamadas ‘raças’ humanas são características físicas superficiais, que dependem de parcela ínfima dos 25 mil genes estimados do genoma humano. A cor da pele, uma adaptação evolutiva aos níveis de radiação ultravioleta vigentes em diferentes áreas do mundo, é expressa em menos de 10 genes! Nas palavras do geneticista Sérgio Pena: ‘O fato assim cientificamente comprovado da inexistência das ‘raças’ deve ser absorvido pela sociedade e incorporado às suas convicções e atitudes morais.
Uma postura coerente e desejável seria a construção de uma sociedade desracializada, na qual a singularidade do indivíduo seja valorizada e celebrada. Temos de assimilar a noção de que a única divisão biologicamente coerente da espécie humana é em bilhões de indivíduos, e não em um punhado de ‘raças’."
Ademais, Dantas é baiano - o que não o obriga a apreciar o berimbau, o Olodum e o “Axé Music”. Ele tem o direito de não gostar de nada disso. Também tem o direito de achar baiano - menos ele próprio, creio - preguiçoso ou pouco inteligente. Mas não pode ser considerado “racista” - a menos que uma pilantragem intelectual esteja querendo combater a outra: baiano seria sinônimo de negro, que "raça" também não é.
Ou se prova agora que “baiano” é raça ou se acuse Dantas de outra coisa.
Que tal de “incompetente”, já que ele é coordenador do curso? Acho uma acusação excelente. O reitor da UFBA, Naomar de Almeida, apareceu na televisão, de rabinho de cavalo - ali estava um homem moderno - para expressar a sua indignação. O mais fantástico é que parecia que ele próprio não tinha nada a ver com o berimbau, entenderam? Parecia que não era a universidade que ele dirige que tirou um sofrível 2 no Enade. Também ele falava em preconceito etc e tal. Entenderam a questão de fundo? Estamos falando de incompetências que estão em extremos opostos do debate, mas que acabam se combinando.
Reparem, no entanto, que tudo por aqui vira uma "causa militante". Menos a eficiência.
Comentário: Na quarta-feira, 30 de abril, no Blog Demais, comentário inserido na postagem "Polêmica e idiotices", cujo pensamento se aproxima do de Reinaldo Azevedo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Reinaldo Azevedo ecoa postagem publicada anteriormente no Blog Demais.

Anônimo disse...

O que fica claro é que o coordenador(?)não tem competência para coordenar, confunde cultura com cognição, estudante com população, análise com asneira, baiano com alemão, Caetano com Xandy, que cantou: "Baiano burro nasce, cresce e nunca pára no sinal
E quem pára e espera o verde
É que é chamado de boçal".

Anônimo disse...

** O Brasil nunca pertenceu aos índios



By Sandra Cavalcanti


Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não posso aceitar a tese de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não agüento mais a impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.

Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país. Não existia o Brasil.

Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram identificadas mais de duzentos e cinqüenta tribos diferentes. Falando mais de 190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas próprios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.

O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo. Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela Amazônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações indígenas.

Existe uma intenção solerte e venenosas por trás disso. Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam ter assento nas assembléias mundiais, de forma independente. Dá para entender, não? É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a idéia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.

Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.

De repente, os festejos dos 500 anos do Descobrimento viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram a perda de uma grande civilização.

De repente, somos todos levados a ficar constrangidos. Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo, esse negócio de sair pelos mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do MST, dos nacional-socialistas e das ONGs européias, naquela tarde radiosa de abril teve início uma verdadeira catástrofe.

Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e se instalar por aqui. Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã. Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher. Teve a audácia de ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes. Teve a audácia de garantir a vida de aleijados e idosos. Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.

Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia de evangelizar. Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de europeus e orientais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre, aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer discriminação por motivo de raça ou credo.

Portanto, vamos parar com essa paranóia de discriminar em favor dos índios. Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o mulato, o branco e o amarelo. Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não somos uma nação indígena. Somos a nação brasileira.

Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios, nas festas do Descobrimento. Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até COBRAM pedágio para estradas que passam em suas magníficas reservas.

De bigode e celular na mão, eles negociam madeira no exterior. Esses índios são cidadãos brasileiros, nem melhores nem piores. Uns são pobres. Outros são ricos. Todos têm, como nós, os mesmos direitos e deveres. Se começarem a querer ter mais direitos do que deveres, isso tem que acabar.

O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.






** Cortesia com chapéu alheio




By Sylvia Romano




Mais uma vez, o Brasil se vê frente a frente com um problema envolvendo nossos vizinhos sul-americanos. Depois das querelas e dos prejuízos causados pela Bolívia à Petrobras, e os arrufos e fanfarronices do Hugo Chávez da Venezuela, nem bem eleito o ex-bispo católico Fernando Lugo, novo presidente do Paraguai, já começa a querer renegociar o que foi pactuado e assinado com Itaipu.

Este contrato havido entre o Paraguai e o Brasil tem um prazo até 2023 para ser renegociado. E o mandatário paraguaio já quer, num ato para lá de populista, "roer a corda" e impor novas regras. Segundo sua alegação, em função de hoje o dólar estar meio desvalorizado, o Paraguai está tendo um grande prejuízo. Pergunto: por que quando esta mesma moeda estava valendo pelo menos o dobro do que hoje ninguém se manifestou a favor ou contra uma mudança no contrato? O Paraguai, por motivos óbvios, ficou calado e o Brasil, honrando o contrato, ficou no prejuízo. Agora que a situação é outra começam a choradeira e as acusações contra o "imperialismo" brasileiro.

Itaipu é hoje responsável por 19% da energia consumida no Brasil e 91% do consumo paraguaio. Mas praticamente todo o investimento na obra ficou a cargo de nosso País e o investimento dos nossos vizinhos seria pago em 40 anos, com a venda da energia aos brasileiros. Será que para a revisão desse contrato os valores investidos não deverão ser atualizados também? E o Paraguai, o que fará com os 50% da energia a que tem direito se não tem como consumi-la?

Acho os nossos vizinhos um povo muito simpático, já cheguei a escrever um artigo, pelo qual até fui criticada ao defendê-los na questão da guerra do Paraguai, mas, como dizia minha avó, o que é tratado não é caro e contratos têm de ser respeitados, não se mudando as regras do jogo durante a partida. Só espero que o nosso maior governante, visando o seu sonho de liderança na América Latina, não ceda a mais este reclamo do vizinho fazendo cortesia com o chapéu alheio. Pois, se isto vier a acontecer o pobre e endividado do consumidor brasileiro é quem deverá, mais uma vez, pagar a conta e, desta vez, será a de luz.