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No Domingo de Páscoa

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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

"Vergonha nacional"

A busca pela expressão "vergonha nacional" no Google (site de procura na Internet) mostra a página do Senado como a primeira ocorrência entre os resultados. Este fenômeno aconteceu por causa de um movimento nacional liderado por blogs, como reação ao fato do senador Renan Calheiros, presidente da Casa, ter sido absolvido da acusação de ter tido despesas pessoais pagas pelo lobista de uma empreiteira.
O feito foi conseguido através de uma técnica chamada Google Bombing. Blogs estão aplicando a técnica, disseminada de forma viral. Em função da forma como o site indexa dados na Internet, quanto mais gente linkar o termo "vergonha nacional" ao site do Senado, mais acima na página de resultados ficará.
Se for colocado no Google o termo "vergonha nacional" e depois se clicar no botão "Estou com sorte", o site do Senado abrirá direto.

Um comentário:

Anônimo disse...

http://www.tribunadabahia.com.br/

Ministros de Estado

José Celso de Macedo Soares - Almirante, Escritor , Membro do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio


Eugenio Gudin, notável economista, e não menos brilhante articulista, no seu tempo, contou-me dialogo que teve com o presidente Castelo Branco. Encontrando-o em uma reunião social, disse-lhe o presidente: “Dr. Gudin, o senhor está sendo muito rigoroso com alguns de meus ministros”. Ao que Gudin, do alto de sua sabedoria, retrucou: “Ao que se sabe, Senhor presidente, o único presidente da Republica que escolheu seu Ministério sob influência de Nossa Senhora da Conceição foi Rodrigues Alves”.A resposta, irônica e mordaz, cujo sentido Castelo Branco logo compreendeu, indica a importância de um bom Ministério na execução da obra administrativa de um governo. Com efeito, Rodrigues Alves, que foi notável presidente, deveu grande parte de seu bom êxito ao extraordinário Ministério que conseguiu formar. Começando por Rio Branco, o qual foi buscar na Europa para sua incomparável jornada como Chanceler, Rodrigues Alves trouxe para o Governo as grandes figuras de Lauro Mueller na Viação e Obras Públicas,
Leopoldo Bulhões na Fazenda., J.J. Seabra na Justiça, Noronha na Marinha e Argollo no Exercito. Trouxe mais, Pereira Passos, o urbanizador do Rio de Janeiro e o extraordinário cientista, que foi Oswaldo Cruz, jovem, então com trinta e poucos anos, para diretor da Saúde Pública. Tão notável foi este Ministério que todos seus componentes viraram estátuas em praça pública, reconhecimento de seus concidadãos pela extraordinária capacidade de cada um. Caso raro, senão único, em nossa história.Esta foi, indiscutivelmente, a maior das qualidades de Rodrigues Alves: a de ter sabido escolher seus auxiliares.
Arthur Schelesinger Jr. em sua obra The Imperial Presidency, na qual faz análise do funcionamento do sistema presidencialista dos Estados Unidos, desenvolve uma tese com a qual concordo inteiramente. O governo (executivo) de uma nação é constituído de dois grupos:- o governo permanente e o governo temporário. O governo temporário é composto do presidente, seus ministros e alguns altos funcionários, que sobem ao Poder com o presidente e dele se afastam na sua saída.O governo permanente é constituído pela imensa maioria de funcionários públicos, alguns deles ocupando postos importantes, que permanecem sempre no governo, pois são funcionários de carreira. Enfim, é a máquina administrativa e burocrática do governo. O grande teste de eficiência de um governo é fazer com que o governo permanente. aceite e execute as diretrizes do governo temporário, que é quem traça os grandes objetivos políticos e administrativos do governo.
Schelesinger diz muito bem: “Com relação ao Ministério, ele foi o melhor instrumento dos presidentes quando constituído de homens enérgicos e independentes. Enérgicos bastantes para fazer com que o governo permanente cumpra e aceite a política presidencial e independentes bastantes para trazerem ao gabinete presidencial sua discordância honesta, mesmo em questões atinentes a outros ministérios”.
Já muito tempo antes Joaquim Nabuco, em seu “Um Estadista do Império”, expressava a mesma opinião sobre o Ministério. Referindo-se ao Marquês de Olinda, notável estadista, Regente e, quatro vezes Primeiro-Ministro do Império, escrevia Nabuco: “Até o fim ele(Olinda) se mostra fiel às boas tradições: é assim que os ministérios são todos compostos de homens feitos, de primeira ordem, independentes, influentes; não procura cercar-se de indivíduos secundários que o não ofusquem ou se mostrem obedientes por lhe deverem a promoção; governa com os chefes do Partido, com todos os que querem servir; não é culpa sua se algum dos notáveis fica de fora, mal encobrindo o desejo de substituí-lo mais tarde; todos os que estão na primeira linha, ele os convida”.
Concordo inteiramente com estas opiniões. Um Ministério composto de homens sem personalidade, sem energia e sem o domínio de suas pastas, jamais propiciará ao presidente um instrumento eficaz de governo. O presidente que se cercar de tais homens jamais controlará os componentes do seu próprio governo, de sua máquina administrativa.
E o que se vê no Brasil de hoje? A maioria dos ministros é ilustre desconhecida da opinião pública.Com exceção de dois ou três, oriundos da iniciativa privada, o resto chegou lá pela maquinação política ou pela amizade pessoal do “companheiro” que está na chefia do governo. Pudera. O atual presidente Sr.. Lula da Silva chegou ao Poder Máximo sem nunca ter exercido qualquer cargo público na esfera municipal, estadual ou federal. Para não falarmos de sua falta de instrução, de sua ausência de cultura humanística.
A respeito do atual presidente, lembro do seguinte trecho do livro “Conversações de Goethe com Eckermann”. Dizia Eckermann para Goethe, o grande filosofo alemão: “ Veja Goethe que sorte teve Frederico ( Frederico, o Grande da Prússia) na escolha do seu Ministério. Todos são grandes homens”. Ao que Goethe replicou: “ Sorte não. Frederico é um grande homem e só pode escolher para trabalhar com ele grandes homens . Porque, terminou: “Os homens procuram seus iguais”.